Representantes do movimento protocolaram um documento e aguardam uma resposta oficial
Publicado 06/11/2023 - Atualizado 07/11/2023
Sob o lema “Ela sabia que ia romper: Samarco – Vale e BHP”, cerca de 300 militantes do Movimento dos Atingidos por Barragens realizaram, na manhã desta segunda-feira (6), um ato em frente à embaixada do Reino Unido em Brasília. A ação teve como objetivo denunciar a empresa anglo-australiana BHP Billiton pelo maior crime ambiental da História do Brasil e o maior crime da mineração no mundo. Junto com a Vale S.A., a empresa é proprietária da mineradora Samarco, responsável pela barragem do Fundão, que rompeu em 5 de novembro de 2015.
Durante o ato, militantes se sujaram de lama simbolizando as consequências do rompimento da barragem para as populações atingidas da Bacia do Rio Doce. A ação faz parte da Jornada de Lutas do MAB, que ocorre em Brasília (DF) e integra a campanha “Revida Mariana – Justiça para limpar essa lama”, que busca sensibilizar a opinião pública sobre a situação das vítimas do rompimento da barragem de Fundão e cobrar justiça.
“Nosso pedido aqui hoje foi que a Embaixada do Reino Unido interceda e dialogue com os atingidos do Brasil para que a empresa BHP seja punida exemplarmente em seu país de origem, na justiça de Londres, onde ocorre um processo em que ela será julgada em outubro do ano que vem”, informou Heider Barbosa, atingido da Bacia do Rio Doce e membro da Coordenação Nacional do MAB.
Representantes do Movimento protocolaram um documento solicitando um momento de diálogo entre os atingidos e a embaixada sobre os processos judiciais em andamento e as negociações para uma solução definitiva para garantir os direitos dos atingidos.