Apesar da falta de incentivo governamental, atingidos produzem e comercializam alimentos saudáveis em Rondônia

Desde o começo do ano, camponeses de comunidades atingidas promovem Feira de Orgânicos em Porto Velho

Comunicação MAB / Rondônia

O setor de produção de alimentos no Brasil sofre com inúmeros problemas, principalmente depois do golpe em 2016, como a falta de controle de estoque de alimentos regulado pelo Estado, a existência de um Plano Safra exclusivo para o agronegócio e a liberação desenfreada dos agrotóxicos.  

Mais recente os vetos do governo Bolsonaro à principal medida de apoio e fortalecimento da Agricultura Familiar e Camponesa durante a pandemia, a lei Assis Carvalho (PL 735/20), pode colocar em risco a produção agropecuária de base familiar, que representa 70% dos alimentos que chegam na mesa das famílias brasileiras.

Mesmo diante desse quadro, atingidos se organizam em conjunto com outros movimentos sociais do campo e persistem na produção de alimentos, orgânicos e agroecológicos, com investimento de esforços para escoar e vender a produção.

Em Rondônia desde o inicio do ano, atingidos de três comunidades promovem a “Feira agroecológica das famílias do MAB” em parceria com a Paroquia São José do Operário, que acontece todas as sextas-feiras na zona sul da capital.

Comunicação MAB / Rondônia

A experiência ocorre por meio da auto-organização das famílias: desde o cultivo dos alimentos, transporte e venda, que em alguns casos já ocorre, inclusive, via WhatsApp.

Além de já representar parte importante da renda das famílias, a feira incrementa o investimento nos lotes e melhora a qualidade de vida dos camponeses.

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