Três histórias de atingidos da mesma família, de diferentes gerações, afetados pelo abandono do estado e pelas enchentes
O céu da cidade histórica de Congonhas (MG) tem sido tomado por nuvens de poeira causadas pelo pó de minério, que não poupa nem os emblemáticos profetas da cidade
Em sua última crônica, Padre Claret denuncia os riscos da mineração que ameaça o vilarejo de Botafogo, comunidade do circuito histórico de Minas Gerais, que protege nascentes da Bacia do Rio das Velhas, reservas de Mata Atlântica e a cultura de diferentes povos tradicionais
“Apressa-te a viver bem e pensa que cada dia é, por si só, uma vida”. Sêneca
O trem de minério de ferro, que passa apressado pelas cidades históricas mineiras, simboliza um modelo econômico que tem “atropelado” os direitos da população local: 12 das 24 barragens que cercam Congonhas tem alto dano potencial associado e poderiam destruir bairros inteiros em caso de rompimento
Reinaugurando nossa seção de Crônicas, o jornalista Thiago Alves escreve sobre a primeira capital do então território colonial português (que já foi, lamentavelmente, o maior porto para a chegada de pessoas negras escravizadas das Américas) e celebra a resistência dos moradores que reinventam a cidade e sua cultura todos os dias