Atingidas costuram denúncias no Paraná

No último dia 11, um grupo de mulheres atingidas por barragens no Paraná participou do 2º Encontro Estadual de mulheres do MAB e através da técnica da “arpillera” elas denunciaram […]

No último dia 11, um grupo de mulheres atingidas por barragens no Paraná participou do 2º Encontro Estadual de mulheres do MAB e através da técnica da “arpillera” elas denunciaram a violação dos direitos humanos agravados pela construção das barragens.

As arpilleras são originárias de uma pequena região do Chile. Essa técnica têxtil permitia que as mulheres chilenas expressassem através do pano suas vivências e perspectivas pessoais. Foi através das arpilleras, que muitas mulheres puderam denunciar e enfrentar a ditadura desde os fins de 1973 naquele país.

Pela história e pelo significado desta técnica, mulheres organizadas no MAB, em parceria com a União Europeia, estão realizando oficinas das arpilleras como testemunho têxtil da violação de direitos das mulheres atingidas por barragens.

O projeto é desenvolvido em todo o Brasil para reproduzir as experiências das mulheres ameaçadas e atingidas por barragens, retratando, principalmente, o processo de violações dos direitos na construção de projetos hidrelétricos no país.

“Com o projeto das arpilleiras, a organização das mulheres no MAB se fortalece e elas cada vez mais participam do Movimento, seja fazendo as denúncias, seja participando das lutas”, disse Nivea Diogenes, uma das coordenadoras do MAB na região.

Conteúdos relacionados
| Publicado 21/12/2023 por Coletivo de Comunicação MAB PI

Desenvolvimento para quem? Piauí, um território atingido pela ganância do capital

Coletivo de comunicação Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) no Piauí, assina artigo sobre a implementação de grandes empreendimentos que visam somente o lucro no território nordestino brasileiro