Atividades econômicas diretamente impactadas pelo crime da Vale até hoje não conseguiram voltar à normalidade com a falta de assistência da empresa e o Paraopeba poluído
Representantes de povos tradicionais que vivem às margens do Paraopeba destruído contam a importância do rio para a perpetuação dos rituais e sobrevivência nos territórios
Cerca de mil atingidos realizaram uma manifestação em frente ao tribunal para reivindicar participação na negociação
Na terça-feira (9), o Movimento dos Atingidos por Barragens realizou o lançamento da Jornada de Lutas que vai denunciar os dois anos do crime da Vale em Brumadinho
Em diversas cidades de Minas Gerais e no Espírito Santo, atingidos saíram às ruas para pedir justiça após meia década sem reparação; projeções foram realizadas em capitais de outros estados
Quantas barragens ainda precisarão romper para que as autoridades ouçam os clamores do povo?
Temos direito a ter voz e vez nas decisões. Estamos cansados de ter nossos destinos colocados à mercê de empresas, políticos e juízes, poderosos e donos desse sistema, que rouba nossos direitos à luz do dia sem nenhum pudor, e nos afundam cada vez mais nessa lama tóxica de interesses privados
Somos as vítimas de um crime bárbaro que está longe de uma correta solução, mas somos também um povo em luta disposto a lutar e colocar a vida acima do lucro