Três coordenadoras nacionais do Movimento dos Atingidos e Atingidas por Barragens (MAB) apresentam neste artigo os riscos da mercantilização da natureza, sinalizada pela recém sancionada Lei 14.026/20, e desmitificam o discurso da melhoria ou ampliação dos serviços de saneamento
Nos próximos meses, a Amazônia passará a conviver com quatro inimigos simultâneos: a devastação da floresta por incêndios criminosos, a pandemia da Covid-19, um presidente neofascista e o capitalismo imperialista.
Projeto de Lei Emergencial da Agricultura Familiar (PL 735/2020), conhecido como “Lei Assis Carvalho”, após forte pressão dos movimentos e da oposição foi aprovada na câmara e agora segue para o senado
Como a aprovação da nova legislação no setor do saneamento cria um mercado da água
Meu trabalho com o MAB e as conversas com pessoas atingidas por barragens de todo o mundo me fizeram querer investigar as seguintes perguntas: qual é o estado das barragens em meu próprio país, os Estados Unidos, em 2020? Temos preocupações sobre a segurança delas? Poderia haver um rompimento de barragem aqui? O que aconteceu em Brumadinho pode acontecer aqui? Quem controla essas barragens, e quem “se beneficia” da energia?
O Governo Federal (Decreto Nº 10.350/2020) e a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL (Consulta Pública nº 35/2020) decidiram impor à sociedade uma série de medidas para salvar os altos lucros dos agentes empresariais e financeiros do setor elétrico. Essas iniciativas terão como resultado um “tarifaço” de grande impacto financeiro que será repassado nas contas de luz dos 73,5 milhões de consumidores residenciais a partir de 2021.
A incalculável riqueza hídrica que pertence ao Brasil está prestes a ser apropriada pelo capital financeiro e pelas multinacionais dos setores de saneamento, energia e bebidas com apoio do Governo Federal. Diante dessa situação defendemos que a água precisa ser urgentemente reconhecida como um direito essencial à vida de todos os povos, e não como uma mercadoria, fonte de lucro para o capital
Como dizer o que não encontra palavras? Nos carece no mais alto dicionário uma descrição precisa das imagens de 5 de novembro de 2015. E para os que tiveram olhos atentos, ver a história se repetir em tragédia no dia 25 de janeiro de 2019. Os rompimentos são a interrupção de dezenas de vidas que viraram centenas e serão milhares.