Justiça para Nicinha

Descrição

A tela homenageia a militante do MAB Nilce de Souza Magalhães, a Nicinha, assassinada em janeiro desse ano, em um crime bárbaro e até o momento não solucionado. Após 6 meses de buscas, o corpo de Nicinha foi encontrado, dentro do lago da hidrelétrica de Jirau, amarrado a uma pedra. Na canoa está seu companheiro Nei, que sempre o acompanhou na pesca e na luta pelos direitos dos pescadores. No fundo está o linhão de Jirau, e ao lado o acampamento dos pescadores onde Nicinha passou a morar em fevereiro de 2015, devido à ausência de peixes, com seus dois cachorros. As caças e galinhas representadas serviam de alimento, pois não era mais possível pescar. De acordo com o Ministério Publico Federal (MPF), que moveu ação contra o consórcio Energia Sustentável do Brasil (responsável por Jirau) e contra o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (IBAMA) devido aos impactos da barragem, as famílias ficavam em barracas de lona, em área com alta incidência de animais peçonhentos e perigosos, sem energia elétrica e água potável. O MPF ainda aponta que os conflitos na região podem ter isso os motivos para o assassinato brutal de Nicinha. Após sua morte, o grupo de pescadores acampados se dispersou.