Atingidos por barragens marcham por direitos no Ceará
Mais de mil atingidos por barragens saíram em marcha pelas ruas da cidade de Jaguaribara (CE) na manhã de hoje (06/06) em direção ao muro da barragem do Castanhão. A […]
Publicado 06/06/2012
Mais de mil atingidos por barragens saíram em marcha pelas ruas da cidade de Jaguaribara (CE) na manhã de hoje (06/06) em direção ao muro da barragem do Castanhão. A marcha acontece após a assembleia popular realizada ontem e tem o intuito de chamar a atenção da sociedade para a questão da seca que assola diversos municípios atingidos por barragens na região e para tornar público a falta de políticas de acesso a água.
O estado do Ceará tem uma grande capacidade hídrica, na região do baixo e médio Jaguaribe estão situados os maiores reservatórios do estado. No entanto, o povo está vivendo uma difícil situação com a falta de água. Nesse sentido estaremos mobilizados para cobrar das autoridades os nossos direitos e mostrar para quê e para quem está servindo a água da barragem do Castanhão, afirmou Tatiane Paulino, da coordenação do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
As barragens são construídas com o discurso de matar a sede da população e que irão desenvolver a região. O que se vê são comunidades próximas às margens da barragem sofrendo com a falta de água. Segundo o MAB, esta situação de falta de abastecimento poderia ser resolvida com algumas medidas emergenciais e estruturantes para as comunidades e reassentamentos.
Na assembleia alguns pontos debatidos foram assegurados, tais como: que o MAB vai apresentar a demanda das necessidades de abastecimento de água por carros pipas; perfuração, recuperação e instalação de poços profundos; continuidade na construção das adutoras paralisadas; liberação de projetos de abastecimento de água simplificados; 200 relógios hora sazonal; 100 barragens subterrâneas.
A mobilização no Ceará é parte de uma jornada de lutas que o MAB está realizando em diversos estados brasileiros neste 5 e 6 de junho, para pressionar pelos direitos dos atingidos e para defender os bens naturais.
Contato: (88) 9601.3376