Nós o reconhecemos como articulador político das pessoas atingidas, afirma Dom Irineu e demais organizações catarinenses, referindo-se ao MAB
Os atingidos pela barragem de Garibaldi, que está sendo construída sobre o rio Canoas, em Santa Catariana, receberam nesta semana manifestação de apoio de diversas organizações e personalidades, entre elas […]
Publicado 15/03/2012
Os atingidos pela barragem de Garibaldi, que está sendo construída sobre o rio Canoas, em Santa Catariana, receberam nesta semana manifestação de apoio de diversas organizações e personalidades, entre elas o bispo da Diocese de Lages, Dom Irineu Andreassa.
Dom Irineu, o Centro de Direitos Humanos e Cidadania Ir. Jandira Bettoni, representando o Movimento Nacional de Direitos Humanos MNDH-SC, e Fórum Catarinense pelo fim da violência e da exploração sexual infanto-juvenil enviaram um manifesto, endereçado à presidenta Dilma Rouseff e ao Ministro Chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.
Segundo o manifesto, a barragem de Garibaldi iniciou as obras e permanece equivocada quando ao processo de transposição e reassentamento dos atingidos, o que nos leva a reivindicar junto à Presidência da República e ao Ministério de Minas e Energia, uma decisão imediata em relação ao caso, pois não há mais tempo a perder.
O documento reconhece também a luta e organização do MAB: Nós o reconhecemos como articulador político das pessoas atingidas, tendo um papel importante neste contexto, para que política e socialmente possam ser assegurados os Direitos Humanos, sua proteção, seu resgate, sua promoção e veemente defesa, juntamente com entidades e instituições que têm a mesma missão, ou seja, garantia de políticas públicas eficientes e eficazes. Os militantes do Movimento que estão mobilizados em Brasília, protocolaram o manifesto no gabinete da presidenta e do Ministro.
A barragem também tem sido um foco de sucessivas greves e revoltas de operários em função da extrema exploração a que são submetidos pela empresa. Nesta semana os atingidos pela barragem realizaram uma manifestação reivindicando os direitos das famílias, que desde o início da construção da obra tem sido negados por parte da empresa Triunfo, responsável pela construção da hidrelétrica.