Atos “Fora Bolsonaro” acontecem em mais de 300 cidades brasileiras neste sábado, 02
Integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) participaram das manifestações em defesa da democracia e contra a inflação geral, o aumento abusivo das tarifas de luz, as privatizações e a gestão pandemia no país
Publicado 02/10/2021 - Atualizado 02/10/2021
Nesse sábado, 02, a população saiu às ruas em todo o país em atos contra o governo federal, pedindo pelo impeachment do presidente Bolsonaro. As manifestações contaram com a participação de líderes de movimentos populares, sindicais e organizações políticas mobilizadas pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular.
“Tá caro? Culpa do Bolsonaro”. Nas faixas erguidas pelos manifestantes se destacaram denúncias contra a alta de preços (principalmente da luz, dos alimentos e do gás de cozinha) e em defesa do emprego, da renda e do auxílio emergencial até o fim da pandemia.
Segundo Liciane Andrioli, integrante da coordenação nacional do MAB, é muito importante que a população siga mobilizada nas ruas diante da situação política atual. “Estamos vivendo um momento histórico e complexo no Brasil, pois a democracia está sob ameaça com as posturas e políticas fascistas do governo Bolsonaro. Por isso, o MAB está nas ruas defendendo a soberania e a democracia. Também estamos aqui para denunciar os altos preços da conta de luz, dos alimentos e do gás decorrentes da política econômica que está em curso”, declarou a coordenadora, que esteve presente no ato da Avenida Paulista, em São Paulo (SP).
Para Josivaldo Alves, também integrante da coordenação nacional do MAB, os atos de hoje foram muito positivos politicamente porque houve uma grande participação de diferentes partidos. “Os partidos da oposição estão percebendo que não podem ficar distantes das lutas sociais e das demandas do povo”, afirmou a liderança, que vive em Fortaleza (CE). Além disso, Josivaldo avaliou que a participação popular também cresceu em relação ao último ato.
“Isso é fundamental, porque o lugar da classe trabalhadora é na rua, organizando a luta, organizando a resistência na perspectiva da construção de um país mais democrático. Nesse sentido, a participação do MAB nessas manifestações tem sido muito importante para expor as violações do governo contra a população brasileira no que diz respeito especialmente ´à política energética”, avaliou a liderança.
Depois de três anos no poder, o saldo do governo Bolsonaro inclui cerca de 15 milhões de desempregados e mais de 590 mil mortos por Covid-19, aumento da fome, da miséria e pobreza com a crescente inflação dos alimentos, do gás e da luz.
“A política da Petrobras sob o governo Bolsonaro faz com que o preço da gasolina e do gás fiquem atrelados ao preço do dólar, mas o salário da população brasileira só diminui e o desemprego só aumenta. Por isso, é muito importante ecoar essa denúncia sobre o que a política do Bolsonaro na área da energia e na área dos combustíveis está provocando. Porque não dá pra dizer que a culpa é só do mercado, ou só de São Pedro, porque não está chovendo e isso encarece a energia. A culpa é da gestão Bolsonaro. Precisamos urgentemente tirar esse genocida do governo e acabar com sua política de retrocesso, de atraso na economia e de preconceitos”, afirmou Ubiratã Dias, da coordenação do MAB no estado de São Paulo.