Conquista dos atingidos vai gerar benefícios para 1200 famílias do norte de Minas Gerais
Publicado 27/06/2020 - Atualizado 28/06/2020
PCH de Santa Marta. Foto: Nilmar Lages
O Projeto Veredas Sol e Lares é uma conquista dos atingidos por barragens no estado de Minas Gerais. Executado desde março de 2018 por meio de um projeto de pesquisa e desenvolvimento, ele é fruto de uma proposta da Associação Estadual de Defesa Ambiental e Social (AEDAS) para um edital da CEMIG.
O Projeto prevê a instalação de uma Usina Fotovoltaica Flutuante (UFVf) sobre o lago da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) de Santa Marta, localizada no município de Grão Mogol, região norte de Minas Gerais. A Usina Veredas pretende atender a região gerando benefícios para, diretamente, 1200 famílias do Vale do Jequitinhonha e rio Pardo.
O sonho da construção dessa experiência vem dando passos bem concretos, e as obras da usina já foram iniciadas. Os materiais necessários foram adquiridos pela AEDAS na empresa Fotovoltaico Flutuante Brasil (F2B) de Jaguariúna/SP. Os materiais já estão armazenados na cidade de Montes Claros/MG, próximo ao local onde a Usina Veredas será construída.
Diante da pandemia e do isolamento social decorrente do coronavírus, não foi possível continuar as obras. Além do Programa de Segurança do Trabalhador, se faz necessário a celebração de instrumento jurídico que permitirá a cessão pela CEMIG à AEDAS. A cessão garantirá o uso de uma parte da área do entorno da PCH para implantação da usina. Também estão sendo realizadas tratativas para a emissão do Documento de Autorização para Intervenção Ambiental (DAIA) junto ao Instituto Estadual de Florestas (IEF).
As famílias beneficiadas estão ansiosas para conhecer e começar a usufruir da energia que será gerada pela usina. A companheira Andrea Sandra, da comunidade Muselo, localizada na cidade de Indaiabira, microrregião do rio Pardo, afirma que a qualidade de vida da população vai melhorar muito.
“A energia solar é muito importante, porque vai gerar um custo mais barato na nossa conta inclusive agora, no momento em que nós estamos pagando um preço muito alto por ela. Nós vamos produzir mais alimentos, podemos utilizar uma bomba de água para poder fazer alguma pequena irrigação, enfim, acredito que é de uma importância muito grande a produção de energia elétrica solar. Estou muita ansiosa para receber. Estamos à espera desse projeto que vem para somar na nossa vida e na nossa comunidade”, relatou Andrea.