Em reunião no MP, atingidos de Cachoeira de Macacu (RJ) debatem situação da água
O Movimento dos Atingidos por Barragens participou de uma reunião com o promotor Dr. José Alexandre Maximino do GAEMA, o Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente do Ministério Público do […]
Publicado 04/02/2020
O Movimento dos Atingidos por Barragens participou de uma reunião com o promotor Dr. José Alexandre Maximino do GAEMA, o Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente do Ministério Público do Rio de Janeiro, para saber mais detalhes sobre as ações do TAC (Termo de Ajuste de Conduta) relacionado ao COMPERJ. O encontro, que ocorreu na última quinta-feira (30), também contou com a participação do Movimento Baía Viva, que, há anos, é parceiro da luta dos atingidos.
O principal assunto abordado foi o esclarecimento das notícias de que o projeto de barragem do rio Guapiaçu havia sido cancelado. O promotor deixou claro que o TAC aponta a necessidade de um novo estudo, que considere todas as alternativas para resolver o problema da falta de água no leste metropolitano; segundo Maximino, a possibilidade da grande barragem ser apontada como melhor alternativa não está descartada. A afirmação é uma sinalização à população de que, apesar de perder força, o projeto de barragem do rio Guapiaçu não foi cancelado.
Os atingidos levaram uma pauta contendo vários pontos de ações prioritárias para a região. Entre elas, a necessidade de obras de saneamento básico nas comunidades do entorno dos rios Guapiaçu e Macacu – entendendo a importância desses dois rios para o abastecimento hídrico da região metropolitana. Foi debatida também a necessidade de envolvimento da população local em todas as discussões, e nas ações de reflorestamento e recuperação ambiental a serem feitas. Ficou em destaque a importância de uma agricultura saudável e que, para que isso aconteça, é necessário que as famílias tenham incentivos e que as comunidades possam contar com obras de infraestrutura, facilitando a produção e a escoamento dos produtos.
A juventude do MAB apresentou um balanço dos cursos realizados na região pelo movimento, em parceria com a EPSJV-FIOCRUZ, mostrando a relevância das ações voltadas à educação ambiental, pautando a realidade local e abordando os problemas enfrentados pela população; entendendo que o povo é parte do território, para além somente das florestas e animais. Neste contexto, o Movimento dos Atingidos por Barragens reitera o compromisso com a luta dos atingidos de Cachoeiras de Macacu e na luta pela água no leste metropolitano.