MAB recebe medalha de direitos humanos no Rio de Janeiro
Neste dia 5 de novembro, dia que marcou os 4 anos do crime da Vale em Mariana, o MAB foi homenageado pela ASFOC, o Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz, com […]
Publicado 06/11/2019
Neste dia 5 de novembro, dia que marcou os 4 anos do crime da Vale em Mariana, o MAB foi homenageado pela ASFOC, o Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz, com a Medalha Jorge Careli de Direitos Humanos. A medalha é um reconhecimento à luta e ao trabalho do Movimento na defesa dos direitos humanos.
Fotos: Mario Cesar
Além do MAB, renomados pesquisadores da Fiocruz também foram homenageados pela Asfoc, tanto com a medalha Jorge Careli de Direitos Humanos, quanto pelo Prêmio Sérgio Arouca de Saúde e Cidadania. Além dos homenageados, e seus convidados, prestigiaram a cerimônia trabalhadores de diversas unidades da Fiocruz, o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto, e a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima. Compuseram também a mesa principal, o presidente da Asfoc, Paulo Garrido, e a mãe do ex-servidor Jorge Careli, dona Maria Almeida Careli.
No palco, uma faixa com os dizeres O lucro não vale a vida. Mariana: 4 anos de impunidade marcou a solenidade neste dia tão importante de luta dos atingidos por barragens. Nísia lembrou o papel que Jorge Careli e Sérgio Arouca cumpriram na Fiocruz e o papel que a Fundação cumpre no Brasil também em debates ambientais como o rompimento de barragens e a contaminação do litoral nordestino pelo derramamento de óleo.
Quem foi Jorge Careli
Servidor da Fiocruz, foi levado por policiais da Divisão Anti-Sequestro em 1993 quando falava de um telefone público na Favela da Varginha, em Manguinhos. Ele nunca mais foi visto. A Justiça condenou o Estado do Rio de Janeiro a pagar uma indenização à família de Careli e, depois de quase duas décadas do desaparecimento, declarou, finalmente, a morte presumida do servidor em 2012.