14 de março: Dia Internacional de luta contra as barragens, em defesa dos rios e da vida

  Celebrada por mais de duas décadas nesta data, a luta internacional dos atingidos ocorre neste ano em um triste contexto, logo após o rompimento de mais uma barragem, desta […]

 

Celebrada por mais de duas décadas nesta data, a luta internacional dos atingidos ocorre neste ano em um triste contexto, logo após o rompimento de mais uma barragem, desta vez foram mais de trezentas vidas ceifadas pelo rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho (MG), além de milhares de atingidos no leito do Rio Paraopeba.

O 14 de março é uma data de luta dos atingidos por barragens em todo país. É um dia de luta em defesa da vida, em defesa dos direitos e para que exista uma justa reparação a todas as famílias vítimas de crimes de empresas como a Vale e a Samarco. Com ações em diversos estados e também em outros países via MAR (Movimiento de Afectados por Represas en latinoamerica), os atingidos por barragens buscam denunciar a impunidade das empresas criminosas e cobram solução para a problemática no país – que não possui uma legislação específica para tratar do tema.Esta é uma data em que os atingidos por barragens também lutam em defesa da água e dos rios.

Bacias hidrográficas inteiras, como a do rio Doce e do rio Paraopeba, estão contaminadas e o ecossistema destruído pela ação de empresas que colocam o lucro acima da vida. Nesta data de luta, o Movimento dos Atingidos por Barragens busca denunciar o crime da Vale em Brumadinho e em Mariana nacional e internacionalmente.

Cobramos segurança em áreas com barragens que estão notoriamente ameaçadas de rompimento e, para evitar o rompimento de novas barragens, o MAB exige a construção de Planos de Segurança de Barragens que sejam adequados, eficientes e contem com a plena participação dos atingidos.

Chega de impunidade

O assassinato da vereadora carioca e ativista dos Direitos Humanos, Marielle Franco, completa um ano. Marielle foi covardemente assassinada por sua luta e até hoje a sociedade brasileira quer saber: “quem mandou matar Marielle?”. Infelizmente, esse cenário revoltante se estende também a outras lutadoras do povo como a líder comunitária hondurenha Berta Cárceres, que lutava contra a construção de uma barragem em território indígena e foi assassinada por sua liderança em defesa das comunidades atingidas; e Nilce de Souza Magalhães, a nossa Nicinha, brutalmente assassinada em Rondônia, na região da hidrelétrica de Jirau. Nossa jornada de luta é pelo direito à vida.

 

Águas para vida, não para morte!

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| Publicado 21/12/2023 por Coletivo de Comunicação MAB PI

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