Via Campesina ocupa a CODEVASF em Montes Claros
Movimentos Sociais ligados a Via Campesina ocuparam CODEVASF para exigir o cumprimento do acordo realizado há mais de três meses Na manhã desta quarta-feira (10), cerca de 300 militantes […]
Publicado 10/07/2013
Movimentos Sociais ligados a Via Campesina ocuparam CODEVASF para exigir o cumprimento do acordo realizado há mais de três meses
Na manhã desta quarta-feira (10), cerca de 300 militantes ocuparam a sede da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF) em Montes Claros, no estado de Minas Gerais.
A ação é realizada com o objetivo de exigir o cumprimento do acordo firmado no dia 27 de março deste ano, entre a estatal e os atingidos pelos Projetos Gorutuba e Jequitaí.
Já se passaram mais de 03 meses da última reunião e não recebemos nenhuma resposta do Governo Federal, enquanto isso estamos sendo pressionados e ameaçados de despejo afirmou Geraldo Pires, do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST).
O acordo prevê basicamente dois pontos de discussão. O primeiro reivindica a necessidade de articular uma reunião em Brasília entre Ministério da Integração Nacional, CODEVASF e atingidos para resolução das pautas específicas de ambos os projetos de irrigação administrados pela empresa. Já o segundo diz respeito à garantia de apresentação da pauta dos atingidos à CODEVASF Nacional, para esta apresentar uma proposta de resolução dos conflitos na região.
A reunião na qual ocorreu a assinatura do acordo, contou com a presença de representantes da CODEVASF Nacional e Regional, do Conselho Estadual de Direitos Humanos de Minas Gerais (CONEDH), além de diversos movimentos sociais e dos atingidos pelos projetos de irrigação.
É um desrespeito o que a CODEVASF têm feito na região, privatizando a água, beneficiando o grande produtor e deixando os camponeses na miséria enfatizou Moisés Borges, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
Segundo os movimentos sociais a ocupação irá permanecer até que o Governo Federal, através do Ministério da Integração Nacional em Brasília, abra diálogo e execute o acordo.