Desembargador afirma que indígenas do Xingu foram marginalizados
O desembargador Souza Prudente, em entrevista coletiva concedida ontem (14) sobre a decisão do Supremo Tribunal Regional Federal de imediata paralisação de Belo Monte, afirmou que as comunidades indígenas do […]
Publicado 15/08/2012
O desembargador Souza Prudente, em entrevista coletiva concedida ontem (14) sobre a decisão do Supremo Tribunal Regional Federal de imediata paralisação de Belo Monte, afirmou que as comunidades indígenas do Xingu não foram consultadas e, sim, marginalizadas. Segundo ele, temos de combater as ditaduras dos estudos póstumos ao invés de estudos prévios, como exige a legislação sobre o meio ambiente e direitos humanos.
Para as lideranças do MAB, o cumprimento da Lei que exige a paralisação de Belo Monte deve ser cumprido imediatamente. O Movimento conclama as entidades e a sociedade em geral para que pressionem a Norte Energia, consórcio dono da barragem, a fim de que obedeça à decisão do Tribunal Regional Federal. Continuar as obras é estar escancaradamente na ilegalidade, afirmam as lideranças.
O Movimento dos Atingidos por Barragens defende também que as obras não sejam retomadas antes que todas as condicionantes sejam comprovadamente cumpridas, que se garantam os direitos das populações, inclusive o seu direito de dizer não aos mega projetos, que antes se garantam os direitos das milhares de famílias ameaçadas por Belo monte as quais, após mais de meio ano de início das obras, não sabem o que vai ser feito de suas vidas.