Greve dos operários de Belo Monte denuncia salário de R$ 900

Por Vivian Fernandes, da Radioagência NP A construção da usina hidrelétrica de Belo Monte está paralisada em seu principal canteiro de obras, o de Santo Antônio, na cidade de Vitória […]

Por Vivian Fernandes, da Radioagência NP

A construção da usina hidrelétrica de Belo Monte está paralisada em seu principal canteiro de obras, o de Santo Antônio, na cidade de Vitória do Xingu (PA). O motivo é a greve dos 1.8 mil trabalhadores que reivindicam melhores salários e condições de trabalho. A paralisação iniciou na última sexta-feira (25). Como parte dos protestos, na última segunda-feira (29) os operários fecharam a rodovia Transamazônica no Km 55, próximo à Altamira.

O custo total de Belo Monte está avaliado em R$ 30 bilhões. O piso salarial dos operários da obra é de R$ 900, considerado abaixo do mercado.

As condições insalubres de trabalho são outra questão denunciada pelos trabalhadores. Eles relatam que 200 funcionários já tiveram intoxicação alimentar por conta de comida estragada fornecida pela empresa. Os operários também pedem um recesso nas festas de final de ano para que possam visitar suas famílias.

O Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) ainda não se posicionou sobre a greve, alegando que irá negociar com o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada do Pará (Sintrapav).

A última greve nas obras de Belo Monte foi no dia 12 de novembro. Após a suspensão do protesto, 170 trabalhadores foram demitidos e escoltados por 15 homens da Polícia Militar acionados pelo consórcio.

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