Em Florianópolis, Via Campesina e sindicatos protestam contra Belo Monte
Hoje (20 de abril), integrantes da Via Campesina, sindicatos de trabalhadores do setor elétrico e demais trabalhadores urbanos de Santa Catarina estarão protestando em Florianópolis contra a Usina Hidrelétrica de […]
Publicado 20/04/2010
Hoje (20 de abril), integrantes da Via Campesina, sindicatos de trabalhadores do setor elétrico e demais trabalhadores urbanos de Santa Catarina estarão protestando em Florianópolis contra a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que acontece em Brasília. Os manifestantes farão uma audiência pública na Assembléia Legislativa do estado e depois seguirão em marcha para um ato simbólico em frente à sede da Eletrobrás no estado.
A usina está prevista para ser construída no estado do Pará, mas militantes de movimentos sociais, indígenas e ambientalistas, além de representantes de pastorais sociais e trabalhadores urbanos farão atos de protesto em sete capitais e na capital federal. Atingidos por barragens de 10 estados estarão mobilizados.
Podem nos perguntar o que temos em comum com os atingidos por barragens do Pará? Dizemos que todos somos afetados pelo atual setor elétrico, pois tanto aqui como lá a energia está sendo gerada para movimentar as indústrias eletrointensivas, como a indústria de alumínio, celulose, a indústria automobilística. Temos o caso da usina de Campos Novos, Barra Grande e outras usinas da bacia do rio Uruguai que fazem parte da mesma estratégia de apropriação do território pelas empresas que dominam o setor elétrico. É o que acontecerá com Belo Monte e com a usina de Garibaldi, que estão querendo construir aqui perto de nós, disse André Sartori, da coordenação do MAB.
O Movimento dos Atingidos por Barragens, em audiência com o presidente Lula realizada em fevereiro, reforçou sua posição contaria à construção dessa barragem. Fazer ações contra Belo Monte é fazer ações contra esse modelo e a favor da soberania do povo brasileiro. A luta contra Belo Monte não é uma luta somente de quem vai sofrer os impactos diretos na região, é um problema de toda sociedade brasileira. Por isso, este debate da energia e de Belo Monte deve ser debatido por toda a sociedade, concluiu Sartori.