As empresas não ouvirem as vítimas no processo decisório da reparação é o atestado de incompetência do Estado brasileiro em fazer justiça quando grandes interesses atropelam pequenas comunidades
Programa garantirá a continuidade do pagamento mensal para os atingidos pelo crime da Vale (2019) pelos próximos cinco anos, e o aumento do critério ao longo da bacia, que hoje abarca só a população que mora na faixa de 1km do rio
Em diversas cidades de Minas Gerais e no Espírito Santo, atingidos saíram às ruas para pedir justiça após meia década sem reparação; projeções foram realizadas em capitais de outros estados
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais negou o acesso dos atingidos à contraproposta da Vale, apresentado no último dia 03.
Quantas barragens ainda precisarão romper para que as autoridades ouçam os clamores do povo?
Temos direito a ter voz e vez nas decisões. Estamos cansados de ter nossos destinos colocados à mercê de empresas, políticos e juízes, poderosos e donos desse sistema, que rouba nossos direitos à luz do dia sem nenhum pudor, e nos afundam cada vez mais nessa lama tóxica de interesses privados
Somos as vítimas de um crime bárbaro que está longe de uma correta solução, mas somos também um povo em luta disposto a lutar e colocar a vida acima do lucro
Na tarde desta terça feira (3) o MAB participou da reunião sobre o acordo proposto pelo Estado de Minas Gerais com a Vale, a convite do Comitê Gestor pró-Brumadinho e instituições de justiça, que contou com a participação da Advocacia Geral do Estado, Ministério Público de Minas Gerais, Defensoria Pública do Estado, Ministério Público Federal e Assessorias Técnicas como assistentes do MPMG