Alerta de Segurança a testemunha do assassinato de Berta Cáceres

Nós, Movimentos sociais atingidos por barragens na América Latina, redes e demais movimentos e organizações expressamos a nossa preocupação com a situação decorrente do assassinato de nossa companheira Berta Cáceres: […]

Nós, Movimentos sociais atingidos por barragens na América Latina, redes e demais movimentos e organizações expressamos a nossa preocupação com a situação decorrente do assassinato de nossa companheira Berta Cáceres:  a insegurança sofrida pelos demais membros do COPINH e a indevida  retenção da testemunha do assassinato Gustavo Castro, do Movimento Méxicano de Afectados por Represas, em Honduras.

No dia 5 de Março, Gustavo Castro iria de Tegucigalpa para o México. Antes de deixar a embaixada do México em Honduras ele recebeu um telefonema que lhe disse para esperar uma notificação do município de Esperança. A notificação não chegou até meia-noite e o corpo diplomático acompanhou Gustavo Castro para o aeroporto.

Depois despedir-se e pouco antes de alcançar a posição de migração ele foi abordado por dois homens da autoridade hondurenha, que disseram ter uma ordem para impedir sua viagem. Em nenhum momento eles mostraram a ordem e tentaram agredir Gustavo, mas diplomatas agiram e Gustavo voltou abrigado na embaixada mexicana.

Em 6 de março, o procurador-geral de Honduras verbalmente assegurou a Gustavo Castro, no interior da Embaixada do México em Tegucigalpa, que depois de estender a sua declaração no dia 7 de março, em La Esperanza, poderia deixar o país.

Gustavo já deu seu segundo depoimento no dia 7 de março. O  mesmo procurador  decretou que Gustavo Castro permaneça no país por 30 dias, impedindo sua volta para casa.

Gustavo Castro nunca se recusou a cooperar com o Ministério Público para esclarecer o assassinato de Berta Cáceres, coordenadora do Conselho de Organizações Populares e Indígenas (COPINH).

Estamos de acordo com a posição de COPINH que as autoridades precisam investigar a empresa Desarrollos Energia S.A. (DESA), responsável pelo projeto da barragem Agua Zarca neste caso.

Ao longo do processo, temos assistido que a investigação tem sido lenta e pouco esclarecedora, o que ameaça a vida de Gustavo e afetando sua saúde física e psicológica.

Por isso pedimos que as organizações e movimentos sociais que:

– Enviem cartas e façam chamadas para o governo de Honduras e pressionem o Ministério das Relações Exteriores do México, para assegurar o retorno de Gustavo para seu país, garantindo sua segurança.

– Twitaço nos links do Governo de Honduras #JusticiaparaBerta e #LibertadGustavoCastro 

– Exigir das embaixadas de Honduras  velocidade no processo, segurança para os membros do COPINH e a liberdade de Gustavo.

Jamais esqueceremos de nossas lutadoras e nossos lutadores assassinados pelo capital. Nesse 14 de março, nas jornadas de luta contra as barragens em defesa dos rios, água e a vida faremos suas memórias presentes.

Atenciosamente,

Movimento Mexicano de Atingidos por Barragens no México

Rede Latino-Americana de Ação contra as Barragens – REDLAR

Movimento Rios Vivos, Colômbia

FUNPROCOOP, El Salvador

Bios Iguana, México

Conselho dos Povos do Ocidente, Guatemala

Ceiba, Guatemala

Via Campesina Brasil

Movimento dos Atingidos por Barragens, MAB, Brasil

Plataforma Operaria e Camponesa de Energia, Brasil

Sindipetro AM,Sindipetro Ceará, Sindipetro RN; Sindipetro PE; Quimicos e Petroleiros da BA; Sindipetro MG; Sindipetro ES; Sindipetro Caxias; Sindipetro NF; Sindipetro Unificado SP;  Sindipetro PR/SC; Sindipetro RS); FNU – Federação Nacional dos Urbanitários; FISENGE – Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros; MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens; Sindieletro MG, STIU-DF, Sinergia CUT, Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado de São Paulo (FTIUESP), Intercel, Intersul, Senge PR, Senge RJ, Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento Camponês Popular (MCP), Via Campesina Brasil. CNU ? Confederação Nacional dos Urbanitários; FRUNE ? Federação Regional dos Urbanitários do Nordeste; FUAL ? Federação Regional dos Urbanitários do Norte; FSU ? Federação Regional dos Urbanitários do Sul; Federação Regional dos Urbanitários Centro?Oeste; SINAERJ ? Sindicato dos Administradores no Estado do RJ

Movimento Campones Popular, MCP, Brasil

Jubileu Sul, Brasil

Levante Popular da Juventude, Brasil,

Federação Única dos Petroleiros, FUP, Brasil

Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – MTST, Brasil

Associação de Favelas de São José dos Campos, Brasil

Sindicato dos Urbanitários, Distrito Federal, Brasil

Centro Memorial “Martin Luther King”, Cuba

Movimiento Amplio por la Dignidad y la Justicia (MADJ), Honduras

MOCICC, Peru

LA VIDA, México

Red Nacional para la Defensa del Agua, Panamá

Asociación Ambientalista de Chiriqu, Panamá

Forum Solidaridad Peru

Patagonia sin represas, Chile

Otros Mundos Chiapas, México

Patria Grande, Argentina

Federación de Mujeres Alakolpa Bribriwak Te Chok, Talamanca, Costa Rica

Proyecto Ecolur, Costa Rica

Colectivo Amalur, Costa Rica

FECON, Costa Rica

AESO, Costa Rica

Cámara de Turismo Rural Comunitario de Coto Brus, Costa Rica

Movimiento Rios Vivos, Costa Rica

Comisión de Ambiente y Turismo de Coto Brus, Costa Rica

Comisión Defensora de los Rios Convento y Sonador, Costa Rica

Comité Cívico Agropecuario de Coto Brus Hernando Ureña Brenes,Costa Rica

Oilwatch Costa Rica, Costa Rica

RedMICA, Costa Rica

IndignadosCR, Costa Rica

Programa de Televisión Palabra de Mujer, Costa Rica

Voces Nuestras, Costa Rica

Comisión Pro Rios del Corredor Bioologico Alexander Skutch, Costa Rica

CEFEMINA, Costa Rica

Randall Arauz Premio Goldman 2010, Costa Rica

PRETOMA, Comité Cívico de Buenos Aires

Comité por los derechos humanos en América Latina, Montréal, Canada

Grasroots International, Estados Unidos

Comitê Solidariedade ao MAB, Estados Unidos

U.S Food Sovereignty Alliance, Estados Unidos

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