Famílias atingidas por barragens conquistam cisternas

Através de um longo processo de lutas, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) conquistou cisternas para as famílias atingidas. O projeto beneficia 610 famílias nos estados de Minas Gerais, […]

Através de um longo processo de lutas, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) conquistou cisternas para as famílias atingidas. O projeto beneficia 610 famílias nos estados de Minas Gerais, Ceará, Bahia, Pernambuco, Pará, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rondônia.

No Nordeste serão construídas 267 cisternas, em comunidades na região do Vale do São Francisco (Pernambuco e Bahia), com 122 cisternas, e no Ceará, com 145 cisternas, distribuídas nas regiões do Maciço de Baturité e do complexo Castanhão.

Celso Rodrigues, militante do MAB em Pernambuco, conta que “através do projeto as famílias podem armazenar água da chuva para o consumo humano, uma água pura e sem poluição, pois a água do rio São Francisco está poluída pelo veneno jogado pelo agronegócio e pelos esgotos”. Além disso, “esse projeto está ajudando o MAB a organizar as famílias na região”.

Para Graça Silva, atingida pela barragem de Castanhão e coordenadora de grupo de base, “o projeto vai melhorar muito a vida da comunidade, porque antes a gente ia buscar água nos açudes e era muito longe e agora temos água da chuva na porta de casa”.

Ela também destaca o papel das cisternas para fortalecer o Movimento: “com a conquista do projeto de cisternas temos mais facilidade para organizar as famílias no MAB porque elas estão tendo ganhos concretos e passam a entender que só através da  luta podemos ter grandes conquistas”.