Vale gás beneficiará famílias de baixa renda no país, mas subsídio é insuficiente
Famílias beneficiadas terão direito, a cada bimestre, a um valor correspondente a uma parcela de 50% da média do preço nacional. Ainda com o subsídio, porém, o preço do gás segue incompatível com a renda dos brasileiros
Publicado 13/12/2021 - Atualizado 13/12/2021
Após muita luta do MAB e outros movimentos populares, começa a ser implementada a lei que criou um “vale-gás” para famílias de baixa renda no país. O benefício que tem previsão de duração de cinco anos foi instituído a partir do projeto de Lei (PL 1.374/2021) de autoria do deputado Carlos Zarattini (PT-SP). A partir dele, cada família elegível vai receber, a cada dois meses, um valor correspondente a, no mínimo, 50% da média do preço nacional de referência do botijão de 13 quilos. O auxílio será concedido preferencialmente às famílias com mulheres vítimas de violência doméstica sob monitoramento de medidas protetivas de urgência.
De acordo com Francisco Kelvim, coordenador do MAB, porém, apesar de ser considerada uma conquista a partir da luta dos movimentos populares, o auxilio gás no valor de R$52 é insuficiente diante da atual situação de precariedade das famílias de baixa renda no país. “Esse valor é maior, inclusive, que o custo de produção do gás, que não chega a R$ 40. O preço, portanto, continua sendo injusto com o povo e continuará sendo, enquanto a Petrobras seguir adotando os preços de paridade de importação (PPI) e fechando suas refinarias”, reforça o coordenador.
Ainda segundo Kelvim, o PPI, que submete os valores às oscilações do barril de petróleo no mercado internacional, o preço do dólar e a politica de desindustrialização adotada pelo atual governo são os verdadeiros causadores dos aumentos dos combustíveis e do gás. “Se o governo estivesse interessado em baratear esse item básico para a população, acabaria com essa política que só serve para garantir mais lucros e dividendos aos acionistas estrangeiros”, conclui.
*Com informações da Agência Senado