Não a Garabi e Panambi
Documento
Metadados
Título da Arpillera
Não a Garabi e Panambi
Descrição
Esta arpillera foi confeccionada por mulheres moradoras do município de Alecrim-RS, ribeirinhas do Rio Uruguai, ameaçadas pelo gigantesco complexo de barragens binacional Garabi e Panambi. Em defesa da natureza e do direito de dizer NÃO à barragem esta arpillera denúncia que os moradores das comunidades dificilmente têm acesso à informação suficiente, adequada e confiável sobre os projetos.
As empresas utilizam uma grande fonte de recursos técnicos e financeiros para propagandear entre as comunidades locais os benefícios, negando sistemática e intencionalmente informações sobre os impactos sociais e ambientais destes empreendimentos. São recorrentes "o fornecimento de informações contraditórias ou mesmo falsas, omissão ou recusa de informações relevantes, falta de assessoria jurídica; uso de linguagem inacessível ao público não especialista (...) as mulheres são as principais vítimas de enganos e ameaças por parte dos funcionários das empresas” (CDDPH, 2010). A sobrecarrega de trabalho e a falta de recursos econômicos agravam as dificuldades para a plena participação das mulheres atingidas.
"Queremos denunciar os prefeitos, empresários e todos aqueles que estão decidindo o futuro das nossas vidas, e em nenhum momento nós mulheres, população atingida fizemos parte de qualquer tipo de decisão, de discussão sobre esse assunto que tanto nos aflige. Queremos ter o direito de dizer o que pensamos, o que queremos e pedimos respeito. Queremos nossos Rios Livres e sem ameaças de barramentos do Rio Uruguai, das vidas que através dele são geradas"
Eixo - Tema
Data
setembro 23, 2019
Autoras
Mulheres ameaçadas do município de Alecrim-RS
Cartinha
Em defesa da natureza e o nosso direto de dizer não as barragens.
Nós, mulheres moradoras do município de Alecrim-RS, ameaçadas pelo gigantesco complexo de barragens binacional Garabi e Panambi, ribeirinhas do Rio Uruguai, construímos em nossa Arpillera a denúncia sobre a falta de informação sobre a construção das barragens, retratamos a violação do direito de decidir por nossas vidas e pela natureza.
Através dela, queremos denunciar os prefeitos, empresários e todos aqueles que estão decidindo o futuro das nossas vidas, e em nenhum momento nós mulheres, população atingida fizemos parte de qualquer tipo de decisão, de discussão sobre esse assunto que tanto nos aflige.
Queremos ser sujeitas dessas decisões, não queremos que decidam por nós o nosso futuro e o futuro das nossas famílias, queremos nossos Rios Livres e sem ameaças de barramentos do Rio Uruguai, das vidas que através dele é gerado. Entendemos que essas decisões de portas fechadas, feitas por poucos é uma grave violação de direitos das populações atingidas por barragens.
Queremos ter o direito de dizer o que pensamos, o que queremos e pedimos respeito. Respeito as nossas vidas e respeito vida dos que habitam e dividem conosco as barrancas do Rio Uruguai.
Mulheres ameaçadas de Alecrim.
Alecrim/RS, 23 de setembro de 2019.
Fotógrafo/a
Mariana Zabot
Localização
Secretaria Estadual do RS
Dimensões
45 X 68 cm
Bloco
Bordando os Direitos
Anexos
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