Nesse 29 de maio, MAB participou da mobilização Fora Bolsonaro em 22 diferentes estados
Os militantes espalhados pelo país pediam manutenção do auxílio emergencial de R$ 600 e vacinação para todos, além de denunciar a política de desmonte do licenciamento ambiental e de privatização da maior empresa de energia da América Latina, a Eletrobras, que vai provocar aumento da tarifa de luz para a população
Publicado 30/05/2021 - Atualizado 21/07/2021
O Movimento dos Atingidos por Barragens participou de atos contra o governo Bolsonaro em todos os estados onde está presente, somando-se aos diversos coletivos e à população que saiu às ruas neste dia 29 de maio. Entre as principais pautas que se destacaram nos atos estão a defesa da vacina, do SUS, do auxílio emergencial de R$ 600,00, além da denúncia dos retrocessos ligados às privatizações e ataques à educação e à saúde por parte do governo federal.
“Decidir ir às ruas nesse momento foi uma escolha complexa, porque nós somos uma organização que defende as medidas sanitárias estabelecidas como instrumento de combate à pandemia do coronavírus e temos bastante preocupação com esse aspecto. Assim como outros movimentos populares que aderiram à essa grande mobilização nacional, porém, também fomos motivados pela máxima de que quando o governo é pior que o vírus, temos que ir às ruas para combatê-lo”, afirma Iury Bezerra, da coordenação nacional do MAB. A recomendação para a utilização de máscaras e outros cuidados sanitários teve ampla adesão de manifestantes que ecoaram o grito “vacina no braço, comida no prato” durante os atos.
“As atividades que aconteceram por todo o país foram bastante expressivas. Elas mostram que a grande maioria da população brasileira não autoriza o Bolsonaro a continuar o genocídio”, reforça Iury.
Os militantes do MAB estiveram em atos em cidades como São Paulo (SP), Fortaleza (CE), Caucaia (CE), Erechim (RS), Porto Velho (RO), Altamira (PA), Mariana (MG), Florianópolis (SC), São Mateus (ES), Teresina (PI), entre outras. “Foi fundamental para nós, enquanto movimento, não fugirmos da responsabilidade de nos juntarmos ao povo brasileiro na defesa da vida, na defesa do auxílio emergencial – para que os trabalhadores possam se manter protegidos em casa – e contra a privatização da Eletrobras, contra o aumento na conta de luz, entre outras medidas que precarizam a vida da população nesse momento tão difícil”, complementa o coordenador do MAB.
Seguindo os organizadores, o ato aconteceu em 213 cidades no Brasil e 14 cidades no exterior com forte participação dos centrais sindicais, movimentos sociais e estudantis e da população de forma geral.
“Tivemos uma participação efetiva porque nossa militância, sabendo da dificuldade do momento histórico que vivemos, se mobilizou em massa para construir esse processo de resistência, esse processo de luta. Na nossa avaliação, é fundamental essa retomada da luta nas ruas, porque isso traz a esperança de que vamos superar esse governo genocida. E o MAB é parte desse processo”, finaliza Iury.