Encontro teve como objetivo levar a pauta do movimento ao prefeito para que a luta por reparação avance no município
Publicado 25/03/2021 - Atualizado 01/05/2021
O Movimento dos Atingidos por Barragens esteve em reunião na terça-feira (16) com o prefeito de Conceição da Barra (ES), Mateusinho do Povão, para entregar a pauta de reivindicações dos atingidos da região.
O vereador Leandro do Estaleiro, que é atingido e membro da coordenação estadual do MAB, também participou do encontro. O assunto debatido foi relacionado ao crime cometido pelas empresas na bacia do Rio Doce e sobre como o litoral e os estuários do município foram atingidos.
Milhares de famílias seguem amargando prejuízos com este crime que afetou duramente tanto o turismo quanto a pesca, setores expressivos da economia barrense.
Dentre a pauta, o MAB trouxe críticas aos trabalhos desenvolvidos pela Fundação Renova, que agravam o sofrimento das vítimas do crime, em destaque as falhas desde a execução do cadastro dos atingidos até na execução dos demais programas estabelecidos pelo TTAC – que nunca aconteceram em Conceição da Barra.
Ao procurar o prefeito recém eleito de Conceição da Barra, o MAB apresentou a pauta da participação dos atingidos para uma reparação justa. O município tem condições de exigir tanto da Renova quanto das demais autoridades envolvidas na governança do crime as condições de um tratamento mais digno aos atingidos barrenses.
O prejuízo causado pelas mineradoras Vale Samarco e BHP na busca pelo lucro dos seus acionistas foi dividido para o conjunto da sociedade barrense.
O prefeito, como representante eleito, também tem um papel a cumprir na busca pela reparação justa e integral. Senão amargará, como já amarga, aumentos dos gastos com saúde e assistência social decorrentes da contaminação do litoral e suas consequências econômicas para Conceição da Barra.
Neste sentido, o MAB encaminhou uma reunião com a presença dos secretários municipais de Saúde, Assistência Social e de Governo. Esperamos que o município fique ao lado do povo na luta que já dura cinco anos e amarga resultados pífios até se comparados com o crime de Brumadinho, que envolveu menos municípios e um número muito menor de atingidos.