Desde o dia 25 de novembro, o Movimento dos Atingidos por Barragens compôs a brigada “Petrobrás fica na Bahia” em Salvador com o objetivo de informar a sociedade sobre os males causados pela privatização das empresas estatais.
Publicado 29/11/2019 - Atualizado 21/08/2024
Composta por diretores do Sindipetro Bahia e militantes dos movimentos sociais e sindicais que compõem a Plataforma Operária e Camponesa da Água e Energia, a brigada “Petrobrás fica na Bahia” foi motivada pela greve nacional dos Petroleiros que deu início no dia 25 e foi encerrada dia 26 após uma grande perseguição política do Tribunal Superior do Trabalho apesar de a FUP, Federação Única dos Petroleiros, ter seguido todos os ritos da lei.
Mesmo com o encerramento da greve a categoria segue mobilizada contra a privatização da Petrobrás, pela manutenção da empresa na Bahia e em defesa dos empregos dos trabalhadores. “Defender a Petrobrás é defender a melhorias de vida para toda a população, desde que iniciou o processo de privatização da empresa os preços do combustível e gás de cozinha dispararam, voltamos a cozinhar com lenha e os preços dos alimentos aumentaram muito devido ao aumento dos combustíveis” afirma Luiz Carvalho da coordenação estadual do MAB.
Para o Coordenador Geral do Sindipetro Bahia Jairo Batista, os aumentos abusivos são frutos da escolha do governo federal. “A política de preços dos combustíveis criada no governo Temer e mantida por Bolsonaro, relaciona o valor da gasolina, diesel e gás de cozinha à cotação do dólar e do barril de petróleo no mercado internacional, por isso esses derivados estão sendo vendidos a preços exorbitantes”, explica o petroleiro.
A brigada realizou diversas atividades em Salvador ao longo da semana, panfletagem nas regiões de maior fluxo de pessoas, diálogo com os participantes da 10ª Feira da Agricultura Familiar e aula pública na Universidade Federal da Bahia (UFBA), em parceria com a APUB Sindicato. “A brigada cumpriu um papel fundamental de diálogo com a população, a maioria das pessoas não sabem porque estão pagando tão caro pelo gás de cozinha, que esses aumentos são uma política de governo e não um problema da Petrobrás.
Seguiremos com a campanha Petrobrás fica na Bahia para alertar a população e mostrar que defender a empresa é defender o nosso país contra os interesses estrangeiros” finaliza Tamires Rodrigues da coordenação estadual do MAB. Finalizada nesta sexta-feira (29) a brigada fez parte de um processo de mobilizações que se estenderá permanentemente com o propósito de luta contra as privatizações das estatais.