Projeto do MAB inicia instalação de placas solares em regiões periféricas da capital paulista

Iniciativa visa reduzir, em até 25%, os custos de energia para 28 famílias da Zona Leste e Noroeste, promovendo sustentabilidade e economia

Instalação de placas solares em comunidades da Zona Leste e Noroeste de São Paulo. Foto: Coletivo de Comunicação MAB/SP

O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), junto ao Povo de Luta, a Associação de Desenvolvimento Agrícola Interestadual (ADAI) e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTI), deu início, em dezembro de 2024, à instalação de placas solares de aquecimento de água em União de Vila Nova, Zona Leste de São Paulo, e em Perus, Zona Noroeste. O projeto beneficiará 28 famílias ao todo, e também Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos (CIEJA) em Perus, proporcionando uma redução potencial de 25% nas contas de energia elétrica. As instalações continuarão no próximo ano.

Essas ações fazem parte do projeto “Capacitação em Alternativas Energéticas e Tecnologia Social nas regiões Leste e Noroeste da cidade de São Paulo”, que visa promover o uso de tecnologias sustentáveis e reduzir os custos de energia para famílias de baixa renda. Antes das instalações, os beneficiários participaram de oficinas de formação sobre o modelo elétrico brasileiro e o sistema de energia solar, capacitando-os para o uso e manutenção dos equipamentos.

“Tiram [dinheiro] do nosso alimento pra poder pagar a luz. […] É bom porque vai economizar bastante, é uma conta a menos. […] Aqui é um povo de baixa renda, que muita gente vive no gato, seria muito bom que todos conseguissem [usar as placas solares]”, ressalta Maria Salete de Oliveira, 61 anos, moradora de União de Vila Nova e uma das beneficiárias do projeto.


A moradora Maria Julia Aragão de Souza, de 59 anos, residente no Recanto dos Humildes, em Perus, compartilha a experiência de ter a placa de aquecimento solar instalada em sua casa. “Quem estreou pra tomar banho foi a neném, depois eu. (A água) tá boa demais. […] Vai significar muita coisa na minha vida. Eu tô pagando R$ 200,00, se diminuir vai ser minha alegria. Tá muito alta. A placa já está ajudando muito, vamos ver (a conta) no mês que vem.”

Esse é um passo significativo na promoção de energias renováveis em áreas urbanas, contribuindo para a sustentabilidade ambiental e econômica das famílias atingidas.

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