NOTA | Família deixada ao relento pela Diretoria da Casan obtém vitória em decisão liminar e não dormirá na rua

Na última noite do dia 04, uma família com duas crianças, inquilina de uma das casas destruídas pelo rompimento, foi despejada do hotel onde estava abrigada, sem ter para onde ir

Rastros de destruição deixados por rompimento de reservatório da Casan em Florianópolis (SC). Foto: Letícia Barbosa

Nesta sexta-feira, 06 de outubro, dia em que se completa um mês desde o rompimento do reservatório da Casan nos bairros Monte Cristo e Sapé, em Florianópolis, uma conquista que gerou alívio para uma família que enfrentou a ameaça de dormir nas ruas. A Defensoria Pública Estadual, atuando em prol dos direitos das vítimas, com acompanhamento da Comissão de Moradores Atingidos, obteve uma decisão liminar que assegurou a continuidade da estadia dessa família em um hotel social.

A família atingida, com duas crianças de 4 e 6 anos de idade, viu sua vida virar de cabeça para baixo após o incidente, uma vez que perdeu seus meios de subsistência, devido à destruição de seus instrumentos de trabalho. Com a impossibilidade de pagar o aluguel, eles foram despejados de sua quitinete, sem um lugar para dormir.

Desde então, a família tentou estabelecer contato com a direção da Casan, mas todas as tentativas foram em vão. O ponto culminante dessa situação foi a atitude insensível da diretoria da companhia, que proibiu a entrada da família na sede da empresa onde ocorriam os atendimentos, deixando-os esperando ao relento.

Durante dois dias, essa família enfrentou a incerteza de não ter um teto seguro para abrigar seus filhos. No entanto, graças à decisão liminar favorável obtida com a atuação da Defensoria Pública Estadual, o prazo foi estendido e, no próximo dia 10, eles poderão assumir um novo aluguel, recuperando um pouco de normalidade em suas vidas.

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