Campanha internacional busca pressionar EUA para tirar Cuba de lista de países que apoiam o terrorismo

Iniciativa nasceu da união de oito importantes organizações sociais de presença internacional, especialmente na América Latina


Tirar Cuba da lista de países que apoiam o terrorismo. Essa foi a missão assumida pela campanha “Cuba vive e resiste!”, que busca reunir mais de um milhão de assinaturas como forma de mostrar o apoio internacional ao país a respeito do tema.

A iniciativa nasceu da união de oito importantes organizações sociais de presença internacional, especialmente na América Latina, como o Foro de São Paulo, a Via Campesina, a Assembleia Internacional dos Povos, a Marcha Mundial das Mulheres, a Jornada Continental pela Democracia e contra o Neoliberalismo, a Confederação Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas, a ALBA Movimentos e a Rede Latino-Americana de Solidariedade com Cuba.

A campanha é baseada em uma petição, cujo texto lembra que “a inclusão de Cuba na lista de países que apoiam o terrorismo é uma medida arbitrária, sem comprovação nos fatos, e que foi tomada pelo governo dos Estados Unidos com o único objetivo de justificar a manutenção de um bloqueio econômico rechaçado pela imensa maioria dos países do mundo”.

“Acreditamos que a pressão internacional e o conhecimento da verdade sobre as consequências dessas hostilidades dos Estados Unidos são forças poderosas para tirar Cuba da lista de Estados que patrocinam o terrorismo. Além disso, concordamos com os 185 países que, na Assembleia Geral das Nações Unidas de 2022, rejeitaram o bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba, como fazem há 30 anos”, afirmam os organizadores.

O texto conclui fazendo “um apelo global a organizações e líderes sociais, movimentos populares, movimentos religiosos, artistas, atletas, jornalistas, associações pela paz, em defesa dos direitos humanos e da igualdade entre os povos, para que se unam a nossa campanha e assinem esta carta”.

O bloqueio econômico a Cuba foi imposto pelos Estados Unidos em 1961, durante o governo do presidente John F. Kennedy (1961-1963).

Já a inclusão do país socialista na lista de países que supostamente patrocinam o terrorismo ocorreu em 1982, quando o presidente norte-americano era Ronald Reagan (1981-1989).

Para saber mais sobre a campanha “Cuba vive e resiste!” basta clicar neste link. O site está disponível nos idiomas português, espanhol e inglês. Nas redes sociais, a iniciativa está sendo difundida através da hashtag #FueraDeLaLista.

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