Mulheres em defesa da vida: formulações sobre o aumento do preço do gás

Alto preço do botijão de gás prejudica a vida das famílias brasileiras

As mulheres do MAB, ao defenderem a vida, refirmam a necessidade de vacinação para toda a população, o mais rápido possível para o controle da pandemia do coronavírus. Reafirmamos também a necessidade do retorno do Auxílio Emergencial, com um valor digno, como forma de garantir a sobrevivência das famílias.

Denunciamos o aumento do custo de vida, a exemplo dos aumentos constantes do preço do gás de cozinha que têm consequências na vida do povo brasileiro, em especial das mulheres, que administram a economia familiar. 

Ao longo de 2020, o preço do botijão de gás de cozinha subiu 8,3%. O preço estava congelado no período entre 2007 e 2014. Em 2014, a população pagava em média R$ 45 pelo botijão de 13 kg. Atualmente, o valor é, em média, de R$ 90.

Praticamente todo o gás de cozinha é produzido aqui no Brasil, pela Petrobrás, custa barato produzir. Nos governos Lula/Dilma, o Estado controlava os aumentos. O valor do botijão de 13 kg era repassado às distribuidoras por R$ 11,33. Agora, em janeiro deste ano, foi repassado por R$ 35,98.

Como funciona o controle dos preços

O governo controlava o preço do gás de cozinha por meio de dois mecanismos:

a) Monopólio da produção – controlando o preço que saía das refinarias, não deixando aumentar e garantindo que este produto essencial pudesse ser adquirido por todas as famílias.

b) Controle de preço final – para não permitir a elevação do valor na revenda, a Petrobrás era proprietária de uma empresa de distribuição, a Liquigás, que não autorizava aumentos e fazia com que os concorrentes privados mantivessem o preço baixo.

Com Temer e Bolsonaro, a Petrobrás passou a adotar como referência o valor praticado nos países estrangeiros (que é mais caro) e na variação do dólar.  Além disso, aumentou o preço nas refinarias e privatizou a Liquigás.

Atualmente, cerca de 47% do preço final que o povo paga pelo botijão vai para a Petrobrás (equivalente a R$42), 18% são impostos, principalmente ICMS; (equivalente a R$ 16)  e 35%  (equivalente a R$ 32) fica com as empresas privadas que fazem a distribuição e a revenda para a população.

Ou seja, mais uma vez, um produto essencial para a manutenção da vida vira um grande negócio, onde as empresas lucram e o povo tem que pagar muito caro para ter acesso.

Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), cada família consome em média sete botijões de gás por ano. O preço médio do botijão de gás de 13 kg está no valor de R$ 90. O que significa que cada família gasta em média, por ano, R$ 657 para a aquisição deste item básico.

Com o preço nas alturas, muitas famílias, para escaparem do gás mais caro, estão recorrendo ao carvão vegetal e lenha.

O povo tem o direito de pagar menos. Pagar o preço justo pelo botijão. Os petroleiros que são do setor afirmam que poderia ser na casa dos R$ 40. Com esse valor, todos os custos de produção, engarrafamento e distribuição seriam pagos.

 A luta precisa ser contra a privatização, temos que exigir a redução do preço e nos posicionar de forma contrária ao governo que elevou o preço do gás ao nível mundial, deixando inviável para a população.

Em defesa da vida das mulheres, vacina já! Fora Bolsonaro!

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