No PA, ato na Equatorial (Celpa) denuncia que o preço da luz é um roubo
Na manhã desta sexta-feira (13/03) o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) ocupou a sede da Equatorial Energia (Celpa), em Belém (PA), para denunciar os aumentos abusivos na conta de […]
Publicado 13/03/2020
Na manhã desta sexta-feira (13/03) o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) ocupou a sede da Equatorial Energia (Celpa), em Belém (PA), para denunciar os aumentos abusivos na conta de luz.
Desde que a Celpa foi privatizada em 1988 a conta de luz só aumentou. Quando a Equatorial Energia obteve o controle da empresa, a partir de 2012, os aumentos abusivos continuaram.
Em 2013, quando a Equatorial passou a deter 96,18% do capital da Celpa, o Dieese informou que, desde a privatização, após 14 reajustes, a tarifa de energia já havia aumentado 185%; já em 2018, 20 anos após a privatização, segundo o Sindicato dos Urbanitários do Pará, a conta de luz dos paraenses aumentou em média 550% enquanto a inflação variou cerca de 240%.
Os manifestantes também denunciam o decreto 9.642/2018 do governo federal, que reduz os subsídios na tarifa de energia do consumidor rural, aumentado ainda mais a conta de luz para os trabalhadores do campo.
Estado exportador de energia
O Pará é um dos estados que mais produz energia no Brasil. De acordo com o Boletim de Informações Gerenciais da Aneel, correspondente ao primeiro trimestre de 2019, o estado figurava como o segundo maior gerador nacional de energia elétrica, tendo mais de 19 milhões de KW de potência instalada, mas esse ano, com a instalação das últimas turbinas da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, o Pará tende e se tornar o maior produtor.
“Contraditoriamente, o povo paraense paga uma das tarifas mais caras do Brasil, com 24% de ICMS pago de imposto para o estado”, afirma Robert Rodrigues, da coordenação do MAB.
Além disso, a partir do último reajuste, de agosto de 2019, quando a conta de luz subiu 1,74% para os consumidores residenciais, 2,6 milhões de famílias em 144 municípios passaram a pagar R$ 0,68 pelo Kw/h.
A atividade faz parte da Jornada Nacional de Lutas do MAB, que tem como um de seus principais temas a tarifa da energia elétrica.