Movimentos Populares ocupam empresa de energia em Fortaleza (CE) para abaixar o preço da luz

Em Fortaleza, no Ceará, atingidos por barragens ocuparam sede da Enel, empresa de energia elétrica, para exigir redução dos preços da conta de luz.  O preço da luz é um […]

Em Fortaleza, no Ceará, atingidos por barragens ocuparam sede da Enel, empresa de energia elétrica, para exigir redução dos preços da conta de luz. 


O preço da luz é um roubo! Foto: Lucas Calisto/MAB. 

O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) juntamente com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Levante Popular da Juventude ocupou a sede da multinacional italiana Enel, em Fortaleza para abaixar o preço da luz, denunciando que o preço da luz é um roubo. A empresa, que atua na geração e distribuição de energia, figura entre as três empresas com maior números de reclamações no Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) em Fortaleza. Cerca de 1500 pessoas se reuniram nesta mobilização.

A ação que acontece neste dia 12 de março, tem como reivindicação a retomada do subsídio para pequenos agricultores na conta de energia, bem como a permanência deste para as famílias de baixa renda, além de protestar contra o alto preço da energia elétrica. Esta luta faz parte das mobilizações do Dia Internacional de Luta contra as Barragens, pelos rios, pela água e pela vida, que acontece em todo Brasil. Esses movimentos sociais realizaram, nesta semana, um conjunto de mobilizações em Fortaleza, como ocupação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e da Secretaria de Desenvolvimento Agrário. 

Segundo José Josivaldo, da coordenação nacional do MAB, “a extrema direita, as empresas, e as transnacionais tensionam contra a vida dos mais pobres. O governo Temer ainda em dezembro de 2018, baixou vários decretos, e um deles foi a retirada do subsídio de 42% na conta de luz dos agricultores o que terá um forte impacto na vida dos trabalhadores rurais. “. Josivaldo disse ainda: “A luta dos atingidos contra os altos preços da energia elétrica é para denunciar que o preço da luz é um roubo, e tira a comida do povo”. Ainda de acordo com ele, os próximos cortes nos subsídios podem atingir os trabalhadores baixa renda, que somam 8,5 milhões de contas de energia no Brasil.