Com oficinas para estudantes, MAB instala placas solares para famílias no RS

Foto: Fabiana Reinholz O  Movimento dos Atingidos por Barragens instalou, nas últimas semanas, placas solares em casas de famílias do bairro Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre. Durante a aplicação […]

Foto: Fabiana Reinholz

O  Movimento dos Atingidos por Barragens instalou, nas últimas semanas, placas solares em casas de famílias do bairro Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre. Durante a aplicação dos equipamentos, ocorreram oficinas, onde estudantes de 7 a 15 anos, do Centro de Promoção da Criança e do Adolescente São Francisco de Assis (CPCA), participaram no aprendizado do processo.

Até agora, seis famílias já foram beneficiadas nas Vilas Herdeiros e Santa Helena.  Dona Eluza Gonçalves, uma das moradoras mais antigas do bairro, foi uma das pessoas que receberam as placas solares instaladas no telhado de casa.

“O povo tem direito de acessar essa tecnologia, considerando que pagamos um alto preço na tarifa e o Rio Grande do Sul tem uma grande quantidade de barragens que produzem a energia a baixo custo. Por meio da luta, conquistamos as placas e queremos que mais pessoas possam ter acesso, com uma política pública”, afirmou a moradora.

O projeto nasceu de uma parceria do movimento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os custos das placas do sistema ASBC (aquecedores solares de baixo custo) não são pagos pelas famílias.

Para Fernando Fernandes, da coordenação estadual do MAB: “esse projeto abre muitas portas para dialogar com a população urbana sobre o roubo no preço da energia, problematizando a destinação das riquezas produzidas pelas barragens”, comenta Fernandes.

O representante do MAB afirma que a ideia é que a iniciativa evolua. “O nosso objetivo é a construção de uma política pública para que mais famílias possam ter acesso à tecnologia.”, explica.

Outra família que recebeu a placa em casa foi a Rosângela e do Antônio, que participam das reuniões do movimento sobre a pauta das tarifas da energia elétrica.

“A expectativa com a placa é bem grande, pela economia na conta de luz e pela interação que está acontecendo entre a vizinhança, que mostra interesse em se somar nas próximas reuniões para debater sobre a tarifa e lutar para mais conquistas”, diz o morador.