Plataforma Operária e Camponesa da Água e da Energia é destaque em seminário sobre os desafios do movimento sindical

A convite da Confederação Sindical das Américas (CSA), o Movimento dos Atingidos por barragens participou no dia 22 de maio do Seminário “O trabalho do futuro, as cadeias globais de produção, e os desafios para o movimento sindical”, apresentando as experiências da Plataforma Operária e Camponesa da Água e da Energia, e do Movimiento de Afectados por Represas en Latinoamérica (MAR).

 Luiz Dalla Costa, do Movimento dos Atingidos por Barragens, apresentou a experiência exitosa da Plataforma Operária e Camponesa da Água e da Energia. Foto: CSA.

O Seminário aconteceu entre os dias 21 e 23 de maio na cidade de São Paulo, e tem como objetivo “compartilhar análises sobre impacto e alterações que operam no mundo do trabalho, incluindo as modalidades de cadeias globais de produção, a revolução 4.0 e refletir sobre como a atual organização sindical responde a elas, para definir linhas de ação que permitam dar respostas concretas, efetivas e estratégicas”.

No seminário, o MAB apresentou a experiência da construção da Plataforma Operário-camponesa da Água e Energia no Brasil, como uma experiência exemplar de articulação política entre os trabalhadores ligados aos sindicatos de eletricitários, petroleiros, professores, engenheiros, movimentos de juventude e a organização do Movimento dos Atingidos por Barragens no Brasil.

No contexto dessa luta e dessa articulação, nascida em 2010, surgiu a bandeira de que os recursos oriundos da renda produzida com a exploração do petróleo fossem destinados para a educação e saúde no Brasil. O MAB também apresentou a experiência de articulação latino-americana através do Movimiento de Afectados por Represas en América Latina (MAR) que há mais de 10 anos articula uma série de organizações em diversos países da América Latina na defesa dos direitos dos atingidos por barragens e na construção de um novo projeto energético de caráter popular.

O representante do MAB no evento reforçou a ideia de que só a grande unidade entre os trabalhadores do campo e da cidade poderá construir uma sociedade mais justa e igualitária em toda América Latina.