No PR, atingidos debatem violação de direitos humanos com estudantes das escolas ocupadas

Na tarde de ontem (14), integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), estiveram realizando oficinas junto com os estudantes que ocuparam duas escolas em Francisco Beltrão, região sudoeste do […]

Na tarde de ontem (14), integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), estiveram realizando oficinas junto com os estudantes que ocuparam duas escolas em Francisco Beltrão, região sudoeste do Paraná. O Movimento prestou apoio e solidariedade aos educandos e na oportunidade debateram a violação de direitos humanos na construção das barragens.

Nos últimos dias centenas de escolas e universidades foram ocupadas no Estado do Paraná. Na noite de sexta -feira (14) o número de escolas ocupadas já passava de 400. Os estudantes secundaristas ocupam as escolas porque são contra a reforma do ensino médio (MP 746), contra o congelamento de verbas para a educação nos próximos 20 anos (PEC 241) e pela punição do desvio de R$ 50 milhões que seriam destinados à construção de escolas (Operação Quadro Negro).

Há também 4 universidades estaduais que foram ocupadas no estado, tendo como pauta a solidariedade aos estudantes secundaristas, contra a PEC 241 e também com bandeiras Fora Temer e Fora Beto Richa.

O Governador do Estado entrou com pedido de reintegração de posse de 13 escolas na cidade de São José dos Pinhais, porém a Defensoria Pública conseguiu derrubar os pedidos no Tribunal de Justiça. Possivelmente o número de escolas ocupadas aumente nos próximos dias.

A organização das ocupações é realizada toda pelos estudantes, o que demonstra o discernimento político da juventude perante o cenário de ataques dos direitos da classe trabalhadora. Há um rígido controle para a segurança do movimento e preservação do patrimônio das escolas.

O movimento estudantil tem disponibilizado espaços para as organizações sociais, universidades e também Ministério Público e Defensoria Pública façam debates e oficinas com os estudantes, uma vez que todas as aulas estão paralisadas. Diante disso o MAB reintegra seu apoio a luta dos estudantes, contra os retrocessos que vem sendo apresentados pelo presidente golpista e também pelo Governo Beto Richa.

EDUCAÇÃO NÃO É MERCADORIA, CONTRA A PEC 241 E MP 746! 

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