No RS, juventude debate Energia e Sociedade

Neste último final de semana, ocorreu a Escola de Formação da Juventude do MAB da região Alto Uruguai, Rio Grande do Sul. Contamos com a presença de 30 jovens, dentre […]

Neste último final de semana, ocorreu a Escola de Formação da Juventude do MAB da região Alto Uruguai, Rio Grande do Sul. Contamos com a presença de 30 jovens, dentre eles atingidos por barragens, universitários, secundaristas e jovens dos bairros de Erechim-RS.

O objetivo da escola é debater questões dificilmente abordadas nas universidades e em outras lugares da sociedade, como modelo energético e Economia Política. Durante os dias da escola realizou-se uma análise da formação histórica da sociedade possibilitando a compreensão dos diferentes modos de produção já existente, enfatizando como se dá a exploração e acumulação capitalista e também tendo um diálogo sobre os modos de produção e a educação, compreendendo também as relações sociais do trabalho.

 Na discussão sobre modelo energético, todos os jovens entenderam como a energia se torna uma mercadoria e garante lucros gigantes para as empresas donas das hidrelétricas. Giomar Nhevinski depois de estudar e entender o modelo energético ressaltou “é indignante saber que a energia produzida nas hidrelétricas se dá de forma tão barata, mas o trabalhador paga tão caro, a quinta maior tarifa energia mais cara do mundo. Sabendo que a energia é produzida a base hídrica sem custo para a empresa.”

Os jovens também entenderam a violação dos direitos humanos decorrentes a construção de barragens, com relatos dos atingidos presentes sobre remoções, ameaças, descasos com as pessoas que não receberam indenizações, compreendendo também que os trabalhadores da cidade também são atingidos por esse modelo energético a partir dos altos preços de energia.

Outro tema trabalhado com a juventude foi a Agitação e propaganda – AGITPROP, abordando seu histórico e os conceitos, depois sendo realizado com os participantes uma oficina de batucada. Para Mariana Zabot o estudo e a prática do AGITPROP qualifica nossa luta e nosso dialogo com a sociedade: “ Nesse momento que a esquerda precisa renovar seus métodos de trabalho, o AGITPROP vem como importante ferramenta pra isso. Juntar arte e cultura para o dialogo com os trabalhadores e pra o enfrentamento politico.”

Durante a programação da escola também se realizou o “Arraiá Fora Temer” que contou com muita comida típica das festas juninas, muita música e quadrilha improvisada, onde na ornamentação, palavras de ordem e músicas demarcavam a posição politica dos presentes do momento: ser contra esse governo ilegítimo e golpista de Michel Temer.

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| Publicado 21/12/2023 por Coletivo de Comunicação MAB PI

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