Encontro reúne atingidos pela Samarco pela primeira vez após tragédia
Pela primeira vez após a tragédia provocada pela mineradora Samarco (Vale/BHP Billiton), as comunidades atingidas puderam se reunir em um encontrão nesta quinta-feira (19) na cidade de Mariana (MG). A […]
Publicado 20/11/2015
Pela primeira vez após a tragédia provocada pela mineradora Samarco (Vale/BHP Billiton), as comunidades atingidas puderam se reunir em um encontrão nesta quinta-feira (19) na cidade de Mariana (MG). A atividade foi organizada pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Arquidiocese de Mariana e Ministério Público Federal.
A atividade durou todo o dia no clube CVDR. Na abertura, o bispo da Arquidiocese, Dom Geraldo Lyrio, falou da importância dos atingidos se organizarem para lutar por seus direitos. Nós fomos atingidos juntos e temos que permanecer juntos. A união faz a força, afirmou.
Na atividade, os moradores dos distritos de Bento Rodrigues e Paracatu puderam confraternizar, almoçar junto, nadar na piscina e jogar bola. Estamos reencontrando os moradores da comunidade, tem muita gente aqui que eu não tinha visto mais depois da tragédia, está sendo bom para a gente se entreter e esquecer um pouco do sofrimento, afirmou Marcelo Felício, morador de Bento Rodrigues.
Luzia Queiroz, de Paracatu de Baixo, também gostou da atividade: É difícil ter alguma coisa assim para nós aqui em Mariana, eu gostei porque a gente está se distraindo, muita gente não está pronta ainda para falar do que aconteceu.
Brigada de solidariedade
Também foi apresentada a brigada de militantes do MAB que está na região para contribuir na organização dos atingidos. São jovens de São Paulo, Bahia, Rondônia, Ceará, Paraná e outros locais de Minas que estão na região para fazer esse trabalho. Nós também fomos atingidos, passamos por uma situação semelhante a que vocês estão passando. Nós não viemos aqui porque ninguém mandou, mas porque nós entendemos a importância de ajudar na organização, afirmou o militante do MAB Davi Freitas, atingido pela barragem de Castanhão, no Ceará.
Eu não conhecia esse Movimento, vim a conhecer aqui, mas estou vendo que é bom, porque a gente não sabia o que fazer, mas agora apareceu gente para ajudar e eu acho que pode dar certo, falou Célis Vieira, de Bento Rodrigues.