MAB volta a protestar em Sinop/MT

Atingidos protestam exigindo a regularização fundiária e emissão dos títulos da terra Atingidos do assentamento “Gleba Mercedes 5” do município de Sinop/MT realizaram um protesto no último dia 10 de […]

Atingidos protestam exigindo a regularização fundiária e emissão dos títulos da terra

Atingidos do assentamento “Gleba Mercedes 5” do município de Sinop/MT realizaram um protesto no último dia 10 de junho em frente a sede da Companhia Energética Sinop S/A (CES) – empresa responsável pela construção da UHE-Sinop.

Um mês após o primeiro protesto realizado em frente à concessionária CES, atingidos voltam a exigir repostas sobre seus direitos.

“São cinco pontos cobrados pelos atingidos: agilidade na regularização fundiária, que já está em andamento; remanejamento da população atingida, com identificação dos que deverão deixar a área e dos que irão permanecer; reassentamento para os que tiverem mais de 60% das propriedades inundadas pelo reservatório da usina; indenizações das terras alagadas e projeto de malha viária das estradas afetadas pelo empreendimento, explica Jairo, atingido pela construção da usina.

Os assentados reivindicam também as compensações pelo impacto do empreendimento na comunidade. “A gente tem o direito garantido de ter uma renda no assentamento, por meio de agroindústrias, empreendimentos para agricultura familiar. Porém, antes de tudo, precisamos da regularização fundiária e emissão dos títulos”.

Um grupo de atingidos reuniu-se com os diretores da empresa. Nesta reunião o Instituto Nacional de Colonização da Reforma Agraria (INCRA) teria de estar presente, mas mais uma vez a empresa joga a responsabilidade para o próprio INCRA por não comparecer.

Na reunião ainda foi tratado sobre como ficará a situação dos meeiros e esclarecimento de uma série de dúvidas que a empresa insiste em não escarecer.

Nas negociações o que avançou foi que a empresa se comprometeu em uma próxima reunião, no prazo máximo de 30 dias apresentar todas as questões relativas ao Incra. A empresa se comprometeu em dar agilidade em alguns pontos da pauta em relação às agrovilas e malha viária do assentamento.

Nas questões dos meeiros se reafirmou que os meeiros tem direitos e devem ser indenizados.

Segundo Jefferson militante do MAB é uma opção da empresa em não dar agilidade em relação à pauta de regularização do assentamento. Precisamos continuar mobilizados, e fortalecer a unidade entre os atingidos para fazer avançar os direitos.

Segundo Maria Luiza do Fórum Teles Pires/Sinprotec “a ação do MAB conseguiu mobilizar a comunidade despertando a consciência dos atingidos e ainda politizando as falas. Cada vez mais conseguindo trazer mais gente para a ação. O processo de mobilização da comunidade e na mídia local esta conseguindo criar um ambiente de luta para avançar nas pautas”, disse.

Conteúdos relacionados
| Publicado 21/12/2023 por Coletivo de Comunicação MAB PI

Desenvolvimento para quem? Piauí, um território atingido pela ganância do capital

Coletivo de comunicação Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) no Piauí, assina artigo sobre a implementação de grandes empreendimentos que visam somente o lucro no território nordestino brasileiro