Mineiros votam pela redução das tarifas de energia
População está participando em peso da votação do Plebiscito Popular, que acontece até o dia 27 de outubro em todo o Estado por Thaís Mota – Minas Livre “Belo […]
Publicado 23/10/2013
População está participando em peso da votação do Plebiscito Popular, que acontece até o dia 27 de outubro em todo o Estado
por Thaís Mota – Minas Livre
“Belo Horizonte é a cidade mais mal iluminada do país e o valor da conta de luz é estratosférico”, bradou o aposentado José Reis Martins. Ele participou da votação do Plebiscito Popular na manhã desta quarta-feira (23) na Praça 7, no Centro de Belo Horizonte, e se mostrou indignado com as altas tarifas de energia em Minas Gerais.
Segundo o aposentado, a população precisa sair às ruas e protestar pela redução dos valores da conta de luz. “Se o povo vier para rua de forma constante, frequente, estratégica e consciente do que estão fazendo podemos conquistar a redução do preço na energia. Mas não podemos baixar a guarda. Tem que ser um movimento longo, contínuo e ordeiro”, garante.
Além de José Reis, centenas de cidadãos belo horizontinos estão votando SIM pela redução da conta de luz e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o valor da energia no Estado. “Esse plebiscito é necessário porque a energia é muito cara”, disse Samuel Fernandes, funcionário do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (SindRede/BH) que participou da votação.
Já a moradora do bairro São Geraldo, Lauder Ribeiro, se queixou do valor de sua conta de luz e afirmou que um problema em seu padrão de energia elevou a cobrança de R$ 70 para R$ 280. “Por cinco meses minha conta está vindo mais alta e o problema não foi solucionado. Meu padrão pegou fogo e a Cemig afirmou que eu tinha feito um gato, quando na verdade as únicas pessoas que mexeram no padrão foram os funcionários da empresa”, afirmou.
O cabo do Corpo de Bombeiros, Edvaldo Filomeno, também votou pela redução das tarifas e afirmou que o plebiscito é uma ferramente muito importante. “É um absurdo o que a gente paga de impostos em Minas. Temos o maior ICMS do país”. E emendou a dona de casa Josenira Alves Silva Ramos: “Temos que participar pra tentar reduzir isso”.
Apesar de votar pela diminuição das tarifas, o bancário Erivan Resende Viana disse que acha difícil que a Cemig e o governo de Minas reduzam os valores cobrados da população na conta de luz. “Mas eu estou participando porque acho que não custa tentar. Acho muito válida a luta do Plebiscito e, por isso, estou assinando”, afirmou.
Segundo o diretor do Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais (Sindieletro-MG) e colaborador na organização do Plebiscito Popular, Jair Gomes, esta é “uma oportunidade para a população se envolver e conhecer o absurdo que é e o quanto de imposto (ICMS) ela paga na conta de luz em Minas Gerais, um do maiores do Brasil”.
Além disso, o dirigente sindical ressaltou que é importante que os cidadãos conheçam de perto os problemas que acontecem dentro da companhia, como a alto índice de acidentes de trabalho, o aumento da terceirização, a queda na qualidade dos serviços prestados e a distribuição de dividendos aos acionistas.
Uma tenda do Plebiscito Popular estará montada até o final da semana no quarteirão fechado da rua Rio de Janeiro, na Praça 7. Para participar da votação basta apresentar um documento de identidade. A consulta popular está sendo realizada em todo o estado de Minas Gerais até o próximo dia 27.
A meta dos organizadores do Plebiscito Popular é recolher 1 milhão de votos e o resultado será entregue ao governo de Minas. “Após o encerramento das votações e apuração, vamos nos planejar para entregar ao governador Antonio Anastasia e à ALMG [Assembleia Legislativa de Minas Gerais], o resultado do Plebiscito e informar o governo sobre a opinião da população de Minas, quanto aos alto índice de ICMS da conta de luz e os valor da tarifa para as famílias mineiras”, concluiu Jair Gomes.