MAB integra comissão internacional na Guatemala
Durante o V Encontro Latino Americano da Redlar, que acontece na Guatemala, foi montada uma comissão internacional para visitar comunidades do norte do departamento de Huehuetenango, a fim de apurar […]
Publicado 09/10/2013
Durante o V Encontro Latino Americano da Redlar, que acontece na Guatemala, foi montada uma comissão internacional para visitar comunidades do norte do departamento de Huehuetenango, a fim de apurar as violações sofridas pelas populações ameaçadas pelos projetos de hidrelétricas de Santa Cruz Barillas.
No último período houve uma grande repressão por parte do governo guatemalteco e das empresas às populações resistentes aos projetos de hidrelétricas na região, deixando vários feridos, entre elas crianças e mulheres. Durante o confronto ocorrido no final do mês de setembro, inúmeras pessoas ficaram intoxicadas com gás lacrimogêneo jogado pela policia. Também houveram prisões e sequestros de diversas lideranças que se opõem aos projetos, como forma de intimidar a resistência da população.
Mesmo com toda repressão, as comunidades seguem unidas na defesa de seus territórios. Queremos que o governo respeite a decisão do povo, pois não queremos guerra, queremos paz e o fim dos projetos de hidrelétricas nas nossas terras, afirmou Micaela Antonia Gonzales, durante assembleia para recepcionar a comissão da Redlar.
O mais importante agora é que conhecemos nossos direitos e não estamos equivocados na nossa resistência, acrescentou Francisco Mateo, do Conselho dos Povos do Ocidente, da Guatemala.
Os militantes do MAB que integram a comissão internacional reforçaram a importância da unidade da organização continental, visto que os inimigos são os mesmos tanto no Brasil como em diversos outros países da América Latina.
As violações aos direitos humanos das populações atingidas por barragens são as mesma em toda a América Latina, por isso precisamos construir uma política de tratamento aos atingidos por barragens e um projeto energético popular latino americano, afirmou a militante do MAB, Tatiane Paulino, durante assembleia na comunidade.
A população local exige a desmilitarização de todo território, o cancelamento dos projetos das hidrelétricas e o fim das perseguições às lideranças comunitárias.