Plebiscito Popular reúne 800 pessoas

Após o seminário, os participantes seguiram em passeata até à sede da Cemig onde prestaram solidariedade aos trabalhadores acorrentados e realizaram uma votação simbólica pela redução da tarifa de energia […]

Após o seminário, os participantes seguiram em passeata até à sede da Cemig onde prestaram solidariedade aos trabalhadores acorrentados e realizaram uma votação simbólica pela redução da tarifa de energia e do ICMS em Minas.

 

Por Thaís Mota, do Minas Livre

Aproximadamente 800 pessoas participaram do seminário pela redução da tarifa de energia elétrica e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em Minas Gerais no último sábado (14). O ato reuniu representantes de quase 100 entidades sindicais e movimentos sociais de todo o Estado mobilizados pela realização do Plebiscito Popular em outubro.

O seminário foi realizado em frente ao Palácio das Mangabeiras, residência oficial do governador Antonio Anastasia, e local onde um grupo de educadores da rede estadual está acampado há mais de 15 dias. “A realização do evento junto com o acampamento dos professores é muito importante porque traz essa mística da denúncia contra o governo e de um dia de lutas em Minas”, disse o direitor do Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais (Sindieletro-MG), Jefferson Leandro. 

Neste encontro, os participantes denunciaram as pautas de cada setor em relação ao governo de Minas e, segundo Jefferson Leandro, analisaram os prejuízos que o modelo neoliberal tem trazido para o Estado e para a sociedade. “O Plebiscito não só dialoga com a sociedade sobre a questão do setor elétrico, mas tambpem sobre o modelo de gestão do Estado”.

Além disso, vários grupos formados conforme a região do Estado de cada um dos participantes levantaram as dificuldades encontradas em ampliar a discussão sobre a tarifa de energia e as metas para os próximos dias. Atualmente, os debates estão presentes em aproximadamente 250 municípios e a expectativa é que até a data da votação – 19 a 27 de outubro – alcance 500 cidades.

Ao final das discussões, os participantes saíram em passeata e realizaram protestos na praça da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e em frente à sede da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), no bairro Santo Agostinho, onde um grupo de trabalhadores da Cemig S está acorrentado há quase uma semana.

Em frente à Cemig, uma votação simbólica do plebiscito popular foi realizada e os presentes votaram por unanimidade pela redução das tarifas na conta de luz dos mineiros. “Nós prestamos solidariedade aos acorrentados porque entendemos que esse modelo que mantem o valor da tarifa e do ICMS é o mesmo modelo que tenta precarizar o trabalho em função dos lucros das empresas”, concluiu Jefferson Leandro.

 

 

Plebiscito Popular

A ideia da construção do Plebiscito Popular surgiu de uma Plenária dos Movimentos Sociais de Belo Horizonte e do Estado, que passou a se reunir sistematicamente após o fim da greve dos professores estaduais em 2001. As discussões foram motivadas pelas altas tarifas cobradas pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e o alto valor do ICMS. A votação do Plebiscito Popular acontecerá entre 19 e 27 de outubro em todo o Estado.

Neste período, serão instaladas urnas em todas as regiões para que a população possa votar se concorda com a redução do ICMS e da tarifa de energia em Minas. Poderão participar todos os cidadãos com mais de 16 anos, desde que apresentem um documento de identidade. Os votos serão secretos e o resultado do plebiscito será entregue ao governo do Estado e às entidades que lutam pela redução dos preços da energia em Minas.

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