Trabalhadores de oito países declaram apoio à luta contra privatizações da energia

Dezenas de organizações de trabalhadores e trabalhadoras da energia, de oito países, manifestam apoio às lutas e paralisações nacionais do Brasil.

Organizações sindicais e populares da Venezuela, Colômbia, Costa Rica, Porto Rico, Equador, Bolívia, Argentina, Uruguai, Brasil, Curaçao e Cuba, presentes no encontro do foro latino-americano e caribenho de trabalhadoras e trabalhadores da energia, que acontece durante esta semana, declararam apoio à luta contra as privatizações do petróleo e da energia.

São 11 hidrelétricas e mais de 20 Pequenas Centrais Hidrelétricas já amortizadas, ou seja, que já foram pagas pelo povo brasileiro, e que estão sendo devolvidas ao patrimônio público da união, que correm o risco de serem privatizadas. O Ministério de Minas e Energia (MME) e a Agencia Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) pretendem leiloar estas usinas.

Em outubro também está previsto o leilão de áreas do pré-sal. O MME e a Agencia Nacional do Petróleo (ANP) querem leiloar o campo de Libra, que tem reservas estimadas em 12 bilhões de barris. Para o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), esta enorme riqueza não necessita ser entregue às corporações transnacionais. O leilão representará a privatização do petróleo brasileiro. O governo pode e deve repassar esta riqueza ao controle de empresas públicas.

As paralisações nacionais que vem ocorrendo neste dia 11 em todo o país, pedem o cancelamento destes leilões.

Abaixo a moção de apoio assinada pelas organizações presentes no foro latino-americano e caribenho de trabalhadoras e trabalhadores da energia:

“Mocion de apoio a la lucha contra la privatizacion del petróleo y energia em Brasil.

Reunidos em Caracas – Venezuela, el Comité Internacional del Foro Interamericano y Caribeño de las Trabajadoras y Trabajadores de la Energia, manifiestan su total apoyo y solidaridad internacional a la lucha del pueblo de Brasil, contra la privatización del petróleo y la energia eléctrica.

El petróleo y energia eléctrica son bienes estratégicos para el desarrollo económico y social de los países, y a nuestro juicio deben ser controlados por el Estado com amplia participación popular.

La energia y el petróleo deben servir para los procesos de integración entre los pueblos com plena soberania y como derecho fundamental del  ser humano.

El processo de licitación propuesto por el gobierno de Brasil, inevitablemente conduce a la privatización y perdida de la soberania nacional.

Recientemente la Petrobras em su política laboral a despedido a más de seis mil trabajadores. Esta política debe ser modificada.

 Exigimos al gobierno de Brasil a revertir este processo de privatización y solicitamos el reintegro de estos trabajadores.”