Via Campesina continua ocupando a CODEVASF
Movimentos sociais que integram a Via Campesina continuam ocupando o prédio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (CODEVASF), em Montes Claros (MG). A ocupação aconteceu […]
Publicado 11/07/2013
Movimentos sociais que integram a Via Campesina continuam ocupando o prédio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (CODEVASF), em Montes Claros (MG). A ocupação aconteceu na manhã de ontem (10) para que a empresa cumpra o acordo realizado a mais de três meses.
O acordo prevê basicamente dois pontos: o primeiro reivindica a necessidade de articular uma reunião em Brasília entre Ministério da Integração Nacional, CODEVASF e atingidos para resolução das pautas específicas de ambos os projetos de irrigação administrados pela empresa. Já o segundo diz respeito à garantia de apresentação da pauta dos atingidos à CODEVASF Nacional, para esta apresentar uma proposta de resolução dos conflitos na região.
A reunião na qual ocorreu a assinatura do acordo, contou com a presença de representantes da CODEVASF Nacional e Regional, do Conselho Estadual de Direitos Humanos de Minas Gerais (CONEDH), além de diversos movimentos sociais e dos atingidos pelos projetos de irrigação.
Por volta das 22 horas de ontem os movimentos sociais receberam de oficiais de justiça uma carta de reintegração de posse para devolver a CODEVASF até às 8 horas de hoje, mas os trabalhadores continuam resistindo até conseguirem uma audiência com Elmo Vaz, presidente da CODEVASF, Fernando Bezerra, Ministro da Integração, e Carlos Mário Guedes de Guedes, superintendente nacional do INCRA.
Os manifestantes reclamam da empresa que se nega a cumprir o acordo feito e a dialogar com os movimentos. De acordo com a Via Campesina, caso aconteça uso da violência pela força policial com os militantes que permanecem no local, a responsabilidade será do superintendente regional e do governo federal.
Seguiremos firmes na luta até a conquista de nossos objetivos e só sairemos daqui com resultados concretos e positivos para a classe trabalhadora, afirmam as lideranças.