Movimentos sociais se reúnem com Dilma e pressionam por mudanças estruturais

  Na última sexta-feira (5), os movimentos sociais do campo se reuniram com a presidenta Dilma e com os ministros Gilberto Carvalho e Pepe Vargas no Palácio do Planalto por […]

 

Na última sexta-feira (5), os movimentos sociais do campo se reuniram com a presidenta Dilma e com os ministros Gilberto Carvalho e Pepe Vargas no Palácio do Planalto por mais de duas horas para discutir o atual momento político por que passa o país e as demandas das organizações. A audiência se insere no contexto das mobilizações sociais que estão acontecendo pelo país afora, cuja próxima grande ação está programada para o próximo dia 11.

Durante a audiência, os movimentos entregaram uma carta para a presidenta, assinada por 22 organizações. “O povo brasileiro está nas ruas, cobrando e reivindicando solução aos verdadeiros problemas da classe trabalhadora, exigindo redução nas tarifas, melhorias no transporte, lutando por melhorias no atendimento da saúde (SUS) e educação pública, gratuita, de qualidade, e pela democratização dos meios de comunicação, contra a repressão, entre outros. As lutas sociais são legítimas e somente elas podem melhorar as condições de vida de nosso povo”, consta na carta que também pede que ocorram mudanças profundas: “É momento dos governos superarem posturas conservadoras e avançarem no ritmo e profundidade que as lutas populares estão exigindo”.

Os movimentos avaliaram positivamente a abertura de diálogo direto com a presidenta Dilma, mas reafirmaram que sairão às ruas no próximo dia 11 de julho para defender os interesses dos camponeses e da população em geral e não para defender o governo, mesmo que a presidenta tenha avançado ao pautar o plebiscito popular”, afirmou Alexandre Conceição, integrante da direção nacional do MST.

Embora apoiem os cinco pontos propostos pelo governo para serem incluídos num plebiscito sobre a reforma política, os movimentos defendem que outros tópicos sejam levados à consulta popular, especialmente em relação a mecanismos capazes de aumentar a democracia direta.

Segundo Conceição, a reforma não pode ter uma conotação meramente eleitoral, como prevê a formatação proposta pelo Planalto. Uma das propostas, segundo o representante do MST, é que com assinaturas de 1% do eleitorado seja possível convocar plebiscitos. Hoje, esse percentual é válido para a apresentação ao Congresso de um projeto de lei de iniciativa popular.

Demandas dos atingidos por barragens

Representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) também estiveram presentes na audiência e pautaram a necessidade urgente da criação da Política Nacional de Direitos da População Atingida por Barragem. Segundo Joceli Andrioli, a presidente disse estar ciente sobre a política e que o governo se compromete em fazer.

Nesta segunda-feira (8), o MAB estará reunido com o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, para avançar na elaboração da política. O Movimento quer que o governo se comprometa em assiná-la até o início de setembro, quando acontece o Encontro Nacional do MAB. “Esta demanda é histórica e entendemos que este governo tem condições de apresentar até setembro. Estaremos em 4 mil atingidos participando do Encontro Nacional e queremos que o Governo vá até o encontro para anunciar essa nossa conquista”, finalizou.

Nesta segunda-feira a Secretaria Geral também estará recebendo a Plataforma Operária e Camponesa para a Energia para uma reunião em Brasília. A Plataforma apresentará uma série de demandas e propostas, entre elas o cancelamento da rodada de leilões do pré-sal e a não privatização das barragens cujas concessões estarão vencendo no próximo período.

Conteúdos relacionados
| Publicado 21/12/2023 por Coletivo de Comunicação MAB PI

Desenvolvimento para quem? Piauí, um território atingido pela ganância do capital

Coletivo de comunicação Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) no Piauí, assina artigo sobre a implementação de grandes empreendimentos que visam somente o lucro no território nordestino brasileiro

| Publicado 08/07/2013

Porque o povo não é bobo!

| Publicado 08/07/2013

Qual o papel de um sindicato?