MST monta acampamento em Belo Horizonte por justiça a Felisburgo

Da Página do MST Após mais um adiamento do julgamento do latifundiário Adriano Chafik, responsável pelo Massacre de Felisburgo, os Sem Terra anunciaram que montarão acampamento com 500 camponeses e camponesas […]

Da Página do MST

Após mais um adiamento do julgamento do latifundiário Adriano Chafik, responsável pelo Massacre de Felisburgo, os Sem Terra anunciaram que montarão acampamento com 500 camponeses e camponesas em frente ao Fórum de Justiça Lafayette, em Belo Horizonte (MG), e que só sairão depois do julgamento.

O fazendeiro Adriano Chafik iria a júri popular nesta quarta-feira (14), mas o juiz Glauco Soares Fernandes, do 2º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, anunciou o novo adiamento nesta segunda-feira (13), após a defesa do réu solicitar o depoimento de 60 testemunhas.

“Está decisão faz parte do conjunto de ações que estão sendo articuladas pelo MST para manifestar sua indignação com quem matou cinco Sem Terra do acampamento Terra Prometida em 2004, baleou outras 12, entre eles uma criança, e incendiou casas e a escola”, declara a nota da coordenação estadual do MST.

O fazendeiro foi preso e posto em liberdade por duas vezes, por decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça), mesmo depois de confessar a participação na chacina em depoimento à Polícia Militar.

O massacre está preste a completar nove anos, mas até o momento ninguém foi responsabilizado.  Além disso, nenhuma das famílias das vítimas foi indenizada e o decreto referente à desapropriação da fazenda Nova Alegria, assinado pelo então presidente Lula, em 2009, ainda não foi cumprido.

Os Sem Terra ainda prometem realizar manifestações similares no interior do estado para pressionar pelo julgamento. Também serão montado acampamentos nos Fóruns das cidades de Governador Valadares, Alfenas e Montes Claros.

Conteúdos relacionados
| Publicado 21/12/2023 por Coletivo de Comunicação MAB PI

Desenvolvimento para quem? Piauí, um território atingido pela ganância do capital

Coletivo de comunicação Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) no Piauí, assina artigo sobre a implementação de grandes empreendimentos que visam somente o lucro no território nordestino brasileiro