Atingidos da Bahia debatem com políticos projetos de barragens
As comunidades organizadas no Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e ameaçadas pela PCH Arrodiador, planejada para a região oeste da Bahia, realizaram nesse domingo (12) uma reunião na comunidade […]
Publicado 13/05/2013
As comunidades organizadas no Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e ameaçadas pela PCH Arrodiador, planejada para a região oeste da Bahia, realizaram nesse domingo (12) uma reunião na comunidade de Bonito/Brumado, na cidade bahiana de Coribe. A reunião contou com a presença do prefeito do município, Manuel Azevedo Rocha, e com deputado federal, José Rocha, e teve o objetivo de denunciar a situação das famílias atingidas pela pequena central hidrelétrica.
As famílias relataram que as violações dos direitos vão desde a falta de informação sobre o empreendimento, invasão de suas propriedades por representantes da empresa, ameaças aos trabalhadores e pressões de diversas formas para que vendam suas terras para o empreendimento. A empresa responsável pela barragem é a Data Traffic S/A.
Os atingidos afirmaram seu posicionamento contrário à construção da barragem, enfatizando a importância da organização e luta das famílias e além das denúncias, apresentaram as necessidades concretas das famílias, entre as reivindicações citaram melhorias nas estradas, água encanada, energia elétrica e incentivos à produção camponesa praticada na região. Demonstraram também a preocupação com a devastação do cerrado e das nascentes de córregos afluentes do Rio formoso que vem acontecendo na região.
Exigiram ainda um posicionamento das autoridades presentes sobre os projetos de barragens na região. Tanto o prefeito Manuel Azevedo Rocha quanto o deputado José Rocha se colocarem contrários aos empreendimentos e apoiaram as famílias. Florisvaldo, coordenador de um dos Grupos de Base da comunidade afirmou que esse foi um momento importante para as famílias atingidas. Mas que não podemos colocar nossos direitos na mão de políticos, temos que continuar organizados e pressionar para que cumpram o que prometeram, nós temos certeza que só a organização e a luta vai garantir que continuemos produzindo em nossas terras, disse e continuou: Foi uma oportunidade para exigir que eles cumpram de fato sua função de trabalhar para o povo.