Operários de Belo Monte protestam em Belém

Do G1 Operários da usina hidrelétrica de Belo Monte, em Vitória do Xingu, realizam na manhã desta segunda-feira (15), um ato público em Belém. Eles chegaram à capital paraense no […]

Do G1

Operários da usina hidrelétrica de Belo Monte, em Vitória do Xingu, realizam na manhã desta segunda-feira (15), um ato público em Belém. Eles chegaram à capital paraense no último sábado (13) para denunciar supostas irregularidades trabalhistas nos canteiros de obras.

No início da manhã, os trabalhadores se reuniram na Câmara dos Vereadores de Belém, onde denunciaram, entre outros assuntos, a repressão da Força Nacional e o não cumprimento do intervalo no trabalho para visitar a família. Segundo o movimento, na ocasião os vereadores assinaram um manifesto em solidariedade aos operários.

Ainda nesta segunda, os trabalhadores seguem em marcha até o Ministério Público do Trabalho, passando pelas principais vias da cidade.

Entenda o caso

Cerca de 90 trabalhadores de Belo Monte, em greve desde o dia 5 de abril, chegaram na grande Belém no último sábado (13), para participarem e reuniões e manifestos na capital paraense reivindicando melhorias trabalhistas.

Segundo o movimento de greve, a saída do canteiro de obras e a vinda para a capital paraense é uma medida política. Entre as reivindicações dos trabalhadores está a redução do tempo de trabalho para poder visitar a família, que teria sido reduzido de seis para três meses.

Outra reivindicação é com relação ao chamado “adicional de confinamento”, que não estaria sendo pago. No adicional, os trabalhadores teriam direito a receber 40% a mais no salário.

O Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM) negou as denúncias dos trabalhadores. Sobre a licença para visitar as famílias, o CCBM afirma que está cumprindo o que ficou acertado: que o trabalhador teria folga de três em três meses para visitar a família e quando se trata de novos funcionários, calculam-se os três meses depois do período de experiência.

Com relação ao “adicional de confinamento”, a empresa explica que não há nada com relação à hora de confinamento no acordo celebrado em novembro, após a greve.

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