MAB participa de ato contra privatização da água em Barcelona
Com o tema Água é vida, não é mercadoria, vários trabalhadores da empresa estatal de água de Barcelona, Espanha, se mobilizaram hoje (22/03) para marcar o Dia Mundial da Água. […]
Publicado 22/03/2012
Com o tema Água é vida, não é mercadoria, vários trabalhadores da empresa estatal de água de Barcelona, Espanha, se mobilizaram hoje (22/03) para marcar o Dia Mundial da Água. A manifestação pela principal avenida da cidade teve com objetivo alertar a população sobre o processo de privatização da água, cuja principal interessada é a multinacional Suez, que atualmente já é dona de parte da água de Barcelona.
Os trabalhadores do setor sabem que a privatização, além de aumentar o preço da água para os cidadãos, também tem graves efeitos sobre a vida dos mesmos, pois representa desempregos e flexibilização das leis trabalhista. A campanha pela água como um bem público e pela sua gestão pública e participativa ganharam força em várias regiões da Europa e no Fórum Mundial Alternativo da Água (FAME) que aconteceu em Marselha, na França, entre os dias 14 a 17 de março.
Militantes de organizações e entidades que participaram do Fórum, entre eles, militantes do MAB, expuseram grandes preocupações com a ofensiva das corporações multinacionais (Suez, Veolia, Nestle, Coca Cola, etc) sobre a água e os serviços de água no mundo, por sua vez o Fórum Alternativo reafirmou que a água é um bem comum e assim dever ser. Para Ivanei Dalla Costa e Iury Paulino, ambos da direção do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), as manifestações representam um momento muito importante da luta dos trabalhadores naquele país e a questão da água ganha cada vez mais espaço. Pela sua importância é uma pauta que unifica as organizações sociais no Brasil e no mundo, afirmam.
O MAB avalia que este é mais um momento para afirmar que água e energia não são mercadorias, são bens comuns que devem estar ao alcance de todos os trabalhadores do mundo. Neste dia, o movimento lançou uma nota na qual conclama os trabalhadores a unirem-se em defesa deste bem e contra sua privatização.
Neste momento em que querem se apropriar dos nossos bens naturais, cabe a nós, em conjunto com demais organizações sociais, sindicais e pastorais, realizar ações de forma articulada, de caráter nacional e internacional, visando laços de unidade e a integração solidária, a fim de desenvolver ações de denúncia e de debate que elevem o nível de consciência e que gerem simpatia na sociedade, estabelecendo processos de pressão popular sobre governos, parlamentares e corporações internacionais. A construção desse projeto dos trabalhadores e trabalhadoras deverá ser obra do protagonismo da própria classe trabalhadora, declara a nota do Movimento.