Movimentos fazem ato contra privatização na Câmara
Nesta quarta-feira (14) de manhã o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) fez um ato político na Câmara dos Deputados, em Brasília, contra a privatização do setor elétrico nacional e […]
Publicado 14/03/2012
Nesta quarta-feira (14) de manhã o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) fez um ato político na Câmara dos Deputados, em Brasília, contra a privatização do setor elétrico nacional e em defesa da renovação das concessões de energia. Participaram da atividade representantes dos trabalhadores do setor energético e alguns deputados que anunciaram a criação de uma frente em defesa dos atingidos.
O MAB e as entidades de trabalhadores do setor energético (Federação Nacional dos Urbanitários – FNU, Federação Única dos Petroleiros, sindicatos de engenheiros e eletricitários) estão em campanha pela renovação das concessões do setor elétrico, que vão vencer a partir deste ano. A maior parte dessas concessões pertence a estatais e, por isso, se forem feitos os leilões, há o risco de intensificar a privatização do setor.
Os setores do empresariado querem que a energia das concessões seja só para a indústria. Essa energia, que já está paga pela população brasileira, tem que ser distribuída para o povo, que paga uma tarifa alta para subsidiar a indústria, afirmou Franklin Moreira, da FNU.
O modelo energético, principalmente a partir das privatizações dos anos 90, fez com que as estatais começassem a se portar como empresas privadas. Não só os atingidos, mas a sociedade também é vítima, pagando uma das maiores tarifas do mundo, afirmou Joceli Andrioli, da Coordenação Nacional do MAB.
Durante o ato o MAB divulgou o Manifesto popular para o dia 14 de março, com sua posição sobre as concessôes do setor elétrico.
Também falaram os deputados federais Padre Tom, Marcon, Padre João e Domingos Dutra, esse último presidente da recém-inaugurada Frente Parlamentar em Defesa dos Atingidos por Barragens. Vamos discutir essa frente para que ela envolva também deputados estaduais, vereadores e os movimentos sociais, para que fortaleça de fato a luta dos movimentos, afirmou Joceli.