MAB e MST completam uma semana de acampamento em frente ao INCRA (TO)
Diante da falta de resposta às demandas dos atingidos por barragens e sem-terra do estado de Tocantins, cerca de 300 famílias do MAB e do MST continuam acampadas em frente […]
Publicado 06/05/2011
Diante da falta de resposta às demandas dos atingidos por barragens e sem-terra do estado de Tocantins, cerca de 300 famílias do MAB e do MST continuam acampadas em frente à sede da Superintendência Regional do Incra, em Palmas. O acampamento teve início na quinta-feira da semana passada (28 de abril).
As famílias reivindicam infraestrutura para os assentamentos (estradas, energia, centros comunitários, escolas, entre outras), distribuição de terras aos acampados e investigação das grilagens de terras. Pedem a desapropriação de várias áreas, com prioridade para a fazenda Dom Augusto, ocupada pelos movimentos no último dia 21.
Os movimentos ocuparam a fazenda Dom Augusto, localizada no quilômetro 25 entre Porto Nacional e Palmas, em protesto as irregularidades do latifúndio. O proprietário, Alcides Rebeschini, não tem toda a documentação da área: dos três mil hectares de terra apenas 1.200 são titulados. A fazenda também está na lista suja do Ministério do Trabalho e Emprego por ter sido flagrada com a prática de trabalho escravo: 100 trabalhadores foram resgatados em 2005.
Os manifestantes devem permanecer em frente ao INCRA no mínimo até o início da semana que vem, quando devem obter respostas da Secretaria Geral da Presidência da República para suas pautas.
Com relação ao MAB, a demanda é pelo reassentamento das famílias atingidas pela barragem de Estreito. O INCRA cadastrou 1.000 famílias em Estreito e 409 em São Salvador e Peixe e até agora não deu resposta, afirma uma liderança local.